No dia 13 de abril, enquanto alguns mortais estavam correndo a Meia Maratona em São Paulo, outros corredores mais elevados corriam a Maratona de Roterdã. Inclui-se aí o nosso amigo Paulo de Moraes Barros, 36 anos e cinco maratonas no currículo. Essa foi sua melhor maratona com o tempo de 3h19min08seg, quase uma hora a menos (4h14min) que a primeira em SP 2004.
Para quem chegou na famosa cidade portuária da Europa achando que nunca mais correria aquela prova, veja o que Moraes disse: “Ao terminar a prova vi que com certeza voltarei lá para corrê-la novamente, pois é, simplesmente, o máximo”.
Prefiro o vernáculo português Roterdã (pois no original é Rotterdam, que quer dizer barragem (dam) sobre o rio Rotter). Assim como Amsterdam (barragem sobre o rio Amstel). Lembrando que Netherlands (erroneamente cunhada por Holanda) são, literalmente, os Países Baixos (composto por 12 pequenas nações-províncias unidas, entre elas a Holanda do Sul e a do Norte.
Mas voltando à Maratona, o vencedor da prova foi o queniano William Kipsang que marcou o recorde do circuito (criado em 1981) em 2h05seg 49min. Como curiosidade, nos últimos 10 anos, todos os vencedores foram 10 quenianos diferentes. E por ser um circuito plano, a Maratona de Roterdã conferiu por vários anos o recorde mundial em maratonas. O etíope Belayneh Densamo que cravou 2h06 e durante anos foi o grande recorde mundial.
Outra curiosidade caseira, em 1992, Wanderlei de Oliveira (3h37 min) junto com Octávio José Aronis (3h06min), vice-presidente da Corpore, foram os primeiros brazucas a cruzarem o Oceano Atlântico para participar da competição de 42.195 metros nos Países Baixos. “Nós fomos recebidos por Mario Kadics, organizador da prova até hoje”, disse Oliveira.
Entre as mulheres, a vencedora foi a russa Lyubov Morgunova com o tempo de 2h25min12seg. Nunca uma russa havia vencido essa competição em 27 anos. O recorde pertence à queniana Tegla Laroupe (2h20min47seg) em 1998, recorde mundial na época.
Corrida passo-a-passo
“A chegada a Roterdã é fantástica, a beleza da cidade, a organização e o transporte público são espetaculares e, sem contar na simpatia dos holandeses, sempre muito gentis. A arquitetura é contemporânea e a cidade é toda rodeada por parques. Dei muita sorte com o clima, pois fez tempo bom todos os dias e temperatura estável na casa dos 10 graus”, comentou Moraes.
Segundo Paulo Moraes, no começo da prova, ele correu encaixotado passando no km 10 em 47min56seg. “Meu tempo previsto era 46min.00, ou seja, estava dois minutos atrasado em relação à planilha do Wanderlei. Daí pra frente consegui segurar um ritmo 5 segundos melhor que o estipulado na planilha e, com isso, cheguei no quilômetro 30 sem dever nada. Passei a meia em 1h39min33seg e a segunda metade em 1h39min30seg.
Para quem chegou na famosa cidade portuária da Europa achando que nunca mais correria aquela prova, veja o que Moraes disse: “Ao terminar a prova vi que com certeza voltarei lá para corrê-la novamente, pois é, simplesmente, o máximo”.
Prefiro o vernáculo português Roterdã (pois no original é Rotterdam, que quer dizer barragem (dam) sobre o rio Rotter). Assim como Amsterdam (barragem sobre o rio Amstel). Lembrando que Netherlands (erroneamente cunhada por Holanda) são, literalmente, os Países Baixos (composto por 12 pequenas nações-províncias unidas, entre elas a Holanda do Sul e a do Norte.
Mas voltando à Maratona, o vencedor da prova foi o queniano William Kipsang que marcou o recorde do circuito (criado em 1981) em 2h05seg 49min. Como curiosidade, nos últimos 10 anos, todos os vencedores foram 10 quenianos diferentes. E por ser um circuito plano, a Maratona de Roterdã conferiu por vários anos o recorde mundial em maratonas. O etíope Belayneh Densamo que cravou 2h06 e durante anos foi o grande recorde mundial.
Outra curiosidade caseira, em 1992, Wanderlei de Oliveira (3h37 min) junto com Octávio José Aronis (3h06min), vice-presidente da Corpore, foram os primeiros brazucas a cruzarem o Oceano Atlântico para participar da competição de 42.195 metros nos Países Baixos. “Nós fomos recebidos por Mario Kadics, organizador da prova até hoje”, disse Oliveira.
Entre as mulheres, a vencedora foi a russa Lyubov Morgunova com o tempo de 2h25min12seg. Nunca uma russa havia vencido essa competição em 27 anos. O recorde pertence à queniana Tegla Laroupe (2h20min47seg) em 1998, recorde mundial na época.
Corrida passo-a-passo
“A chegada a Roterdã é fantástica, a beleza da cidade, a organização e o transporte público são espetaculares e, sem contar na simpatia dos holandeses, sempre muito gentis. A arquitetura é contemporânea e a cidade é toda rodeada por parques. Dei muita sorte com o clima, pois fez tempo bom todos os dias e temperatura estável na casa dos 10 graus”, comentou Moraes.
Segundo Paulo Moraes, no começo da prova, ele correu encaixotado passando no km 10 em 47min56seg. “Meu tempo previsto era 46min.00, ou seja, estava dois minutos atrasado em relação à planilha do Wanderlei. Daí pra frente consegui segurar um ritmo 5 segundos melhor que o estipulado na planilha e, com isso, cheguei no quilômetro 30 sem dever nada. Passei a meia em 1h39min33seg e a segunda metade em 1h39min30seg.
...Fui três segundos mais rápido na segunda parte. Se tivesse conseguido entrar no ritmo desde o começo talvez tivesse até baixado um pouco as 3h19min08seg. A chegada foi perfeita, estava sobrando e sem dores. Nos dois últimos quilômetros fui 10 segundos melhor que a planilha”, comentou o corredor da Run For Life.
Moraes já havia corrido Roterdã em 2005 com o tempo de 3h26minutos. E, conforme o vídeo da corrida, Moares chegou com os braços erguidos e abrindo aquele sorriso que só nós corredores sabemos e podemos dar. O sorriso da vitória de meses de treinamento coroado com a chegada, o sorriso por ter abdicado de muitas coisas nesse período, enfim, um sorriso que não tem preço.
Na terra de Vincent van Gogh
No lado cultural, os Países Baixos, no século XVII ficaram conhecidos como a Era dos Mestres neerlandeses, entre eles, Rembrandt van Rijn (famoso entre nós), Johannes Vermeer, Jan Steen e Jacob van Ruysdael. Além dos grandes pintores do século XIX e XX como Vincent van Gogh e Piet Mondriaan.
O país das tulipas, produziu figuras históricas como o filósofo Erasmo de Roterdã (nome da famosa e moderna ponte Erasmus). Neederlands têm uma arquitetura arrojada e sem contar o porto que é um capítulo à parte.
O Porto de Roterdã é o mais moderno e importante da Europa e o terceiro principal porto do mundo. Existe desde o século XIV (mais especificamente desde 1328), quando ainda era um pequeno porto para pesca situado no rio Rotter. Seu desenvolvimento foi à partir do século XIX, quando foi aberta uma conexão com o Mar do Norte, chamada de Nieuwe Waterweg, estabelecendo um importante canal de comunicação com a pujante e potente indústria alemã.
Veja as impressões de Paulo de Moraes Barros a respeito da cidade: “O EVENTO é muito prático para os corredores, a começar pela feira (retirada do chip) pois é feita ao lado da prefeitura na avenida principal de Rotterdam (a mesma da largada).
... O prefeito de Roterdã sempre, muito animado, falando o tempo todo no microfone (pena que não entendi nada) e às 10h50 a orquestra sinfônica de Roterdã começa a tocar o hino da Holanda e todos os holandeses cantam a uma só voz, essa hora é MUITO EMOCIONATE e muito prazeroso. Às 11 horas em ponto, o prefeito aciona o canhão bem na frente da prefeitura o tiro é muito alto e daí pra frente é só alegria", diz o empolgado
Escrito por Arnaldo de Sousa, jornalista e corredor