A 14ª Maratona Internacional de São Paulo, realizada neste domingo (01/06) fez dobradinha brasileira na primeira colocação. E desta vez dos dez vencedores (cinco homens e mulheres) nove foram brasileiros. Apenas no masculino, o quarto colocado foi um solitário queniano.
Às 6 horas da manhã, o clima frio que tinha tudo para ajudar os corredores, acabou atrapalhando, pois caía uma chuva fina ajudando a congelar a maioria que dependia do traslado do Ibirapuera para a largada na Avenida Roberto Marinho. Chegar com o corpo frio à largada impunha um desafio a mais para os amantes da corrida.
Milhares de corredores optaram pelo translado. Entre 7h30 e 8 horas, ainda havia muita gente para a pequena quantidade de ônibus que, naquele momento, não era suficiente para o público que recebia água de chuva na cabeça. Resultado: houve alguns tumultos, gente furando fila, alguns reclamando, várias filas para poucos organizadores e ônibus no local.
“Esta foi a primeira vez que a Maratona de São Paulo começa e termina em lados opostos. Foi tudo perfeito. Conseguimos colocar 12 mil pessoas na largada”, comemorou Thadeus Kassabian, diretor da Yescom.
Esse tipo de controle com ônibus de traslados foi bem eficiente na corrida organizada pela Nike com cerca de 25 mil corredores para três tipos de provas num mesmo dia. Como foi a primeira experiência da Yescom, provavelmente alguns ajustes serão feitos para o próximo ano.
A competição
A prova feminina começou às 8h30 com a elite ditando o ritmo mas coesa com várias competidoras formando um bloco em que a primeira posição era revezada entre as participantes. Já a maratona dos homens começou às 8h58 com quatro corredores liderando a competição. Três quenianos e um brasileiro (Francisco Barbosa dos Santos, o Chiquinho).
Segundo os organizadores, os quatro primeiros eram contratados para serem coelhos da prova. No início, parecia que o trio queniano iria liderar a corrida inteira, parecendo estarem bem. Eles dividiam água, estavam fazendo uma corrida forte ao redor de 3min/km. Nos 10 km eles passaram exatamente para 30 minutos. De repente no km 18, os três quenianos tiraram o pé, desistindo da corrida e o brasileiro (também coelho: Chiquinho dos Santos) assumiu a liderança, mantendo o ritmo.
“Nossa proposta era liderar até o km 21, mas se ele estivesse bem, iria até o fim”, comentou Alexandre Minardi, chefe da equipe Cruzeiro que é treinada por Adalto Domingues.
É a primeira maratona de Chiquinho. Apesar da pouca experiência, aos 31 anos, o pernambucano de Bodoró, ainda vai ser bastante comentado em competições de fundo. Ele liderou com maestria do km 18 até o km 38, quando foi ultrapassado pelo gaúcho de Santa Maria, Claudir Rodrigues e pelo paulista Luiz Carlos Fernandes da Silva e pelo baiano Marco Antonio Pereira.
“Eu era o coelho da prova. Estou feliz com o quarto lugar. Nos km 38 eu sentia muita dor e não conseguia avançar mais. Como essa foi a minha primeira maratona, agora vou treinar mais focado para os 42,1 km e não para 21 km”, enfatizou Chiquinho.
A Maratona de São Paulo teve 2 mil pessoas envolvidas na organização e contou com seis bandas de rock espalhadas pelo percurso para animar os corredores. Foram distribuídos 380 mil copos com água mineral que precisaram de 18 toneladas de gelo para deixá-los ao ponto de beber.
Os vencedores
“Nós tínhamos planejado passar na meia em 1h18. E foi assim. São Paulo sempre é difícil mas conseguimos terminar em 2h17min. Meu melhor tempo foi em Porto Alegre com 2h15. Em 2002, não completei em São Paulo”, comentou Claudir Rodrigues que treina ao redor de 180 km por mês.
De acordo com Rodrigues, que é do sul do Rio Grande do Sul, região costumeiramente fria, o clima paulista o fez sentir em casa. “Esse frio me fez lembrar de casa”, brincou o atleta que estava à vontade ao final da prova.
Entre as mulheres a competição foi mais acirrada. O bloco de corredoras da elite (Maria Zeferina e Edielza chegaram no mesmo minuto, seguida de perto por Marizete, que vinha de uma contuzão de oito meses) estava firme e parecia que todas iriam juntas até o final.
“Foi uma prova forte. Saímos no ritmo. Corremos o tempo todo no bloco. A prova foi definida no km 25. Senti o frio na largada e muitas poças de água ao longo do percurso. No km 38 senti uma pequena cãimbra, mas consegui terminar bem”, definiu a campeã, Maria Zeferina Baldaia.
Classificação do pódio masculino (hora, minuto e segundo)
1 – Claudir Rodrigues (Brasil) – 2h17’07”
2 – Luiz Carlos Fernandes da Silva (Brasil) – 2h17’24”
3 – Marco Antonio Pereira – (Brasil) 2h18’09”
4 – Francisco Barbosa dos Santos (Brasil) – 2h18’25”
5 – Rotich Philion Chemlany (Quênia) – 2h18’46”
Classificação do pódio feminino
1 – Maria Zeferina Baldaia (Brasil) – 2h42’20”
2 – Edielza Alves dos Santos (Brasil) – 2h42’44”
3 – Marizete Moreira dos Santos – (Brasil) 2h43’28”
4 – Luiza de Souza Pinto (Brasil) – 2h46’05”
5 – Sueli Aparecida Vieira (Brasil) – 2h50’14”
Às 6 horas da manhã, o clima frio que tinha tudo para ajudar os corredores, acabou atrapalhando, pois caía uma chuva fina ajudando a congelar a maioria que dependia do traslado do Ibirapuera para a largada na Avenida Roberto Marinho. Chegar com o corpo frio à largada impunha um desafio a mais para os amantes da corrida.
Milhares de corredores optaram pelo translado. Entre 7h30 e 8 horas, ainda havia muita gente para a pequena quantidade de ônibus que, naquele momento, não era suficiente para o público que recebia água de chuva na cabeça. Resultado: houve alguns tumultos, gente furando fila, alguns reclamando, várias filas para poucos organizadores e ônibus no local.
“Esta foi a primeira vez que a Maratona de São Paulo começa e termina em lados opostos. Foi tudo perfeito. Conseguimos colocar 12 mil pessoas na largada”, comemorou Thadeus Kassabian, diretor da Yescom.
Esse tipo de controle com ônibus de traslados foi bem eficiente na corrida organizada pela Nike com cerca de 25 mil corredores para três tipos de provas num mesmo dia. Como foi a primeira experiência da Yescom, provavelmente alguns ajustes serão feitos para o próximo ano.
A competição
A prova feminina começou às 8h30 com a elite ditando o ritmo mas coesa com várias competidoras formando um bloco em que a primeira posição era revezada entre as participantes. Já a maratona dos homens começou às 8h58 com quatro corredores liderando a competição. Três quenianos e um brasileiro (Francisco Barbosa dos Santos, o Chiquinho).
Segundo os organizadores, os quatro primeiros eram contratados para serem coelhos da prova. No início, parecia que o trio queniano iria liderar a corrida inteira, parecendo estarem bem. Eles dividiam água, estavam fazendo uma corrida forte ao redor de 3min/km. Nos 10 km eles passaram exatamente para 30 minutos. De repente no km 18, os três quenianos tiraram o pé, desistindo da corrida e o brasileiro (também coelho: Chiquinho dos Santos) assumiu a liderança, mantendo o ritmo.
“Nossa proposta era liderar até o km 21, mas se ele estivesse bem, iria até o fim”, comentou Alexandre Minardi, chefe da equipe Cruzeiro que é treinada por Adalto Domingues.
É a primeira maratona de Chiquinho. Apesar da pouca experiência, aos 31 anos, o pernambucano de Bodoró, ainda vai ser bastante comentado em competições de fundo. Ele liderou com maestria do km 18 até o km 38, quando foi ultrapassado pelo gaúcho de Santa Maria, Claudir Rodrigues e pelo paulista Luiz Carlos Fernandes da Silva e pelo baiano Marco Antonio Pereira.
“Eu era o coelho da prova. Estou feliz com o quarto lugar. Nos km 38 eu sentia muita dor e não conseguia avançar mais. Como essa foi a minha primeira maratona, agora vou treinar mais focado para os 42,1 km e não para 21 km”, enfatizou Chiquinho.
A Maratona de São Paulo teve 2 mil pessoas envolvidas na organização e contou com seis bandas de rock espalhadas pelo percurso para animar os corredores. Foram distribuídos 380 mil copos com água mineral que precisaram de 18 toneladas de gelo para deixá-los ao ponto de beber.
Os vencedores
“Nós tínhamos planejado passar na meia em 1h18. E foi assim. São Paulo sempre é difícil mas conseguimos terminar em 2h17min. Meu melhor tempo foi em Porto Alegre com 2h15. Em 2002, não completei em São Paulo”, comentou Claudir Rodrigues que treina ao redor de 180 km por mês.
De acordo com Rodrigues, que é do sul do Rio Grande do Sul, região costumeiramente fria, o clima paulista o fez sentir em casa. “Esse frio me fez lembrar de casa”, brincou o atleta que estava à vontade ao final da prova.
Entre as mulheres a competição foi mais acirrada. O bloco de corredoras da elite (Maria Zeferina e Edielza chegaram no mesmo minuto, seguida de perto por Marizete, que vinha de uma contuzão de oito meses) estava firme e parecia que todas iriam juntas até o final.
“Foi uma prova forte. Saímos no ritmo. Corremos o tempo todo no bloco. A prova foi definida no km 25. Senti o frio na largada e muitas poças de água ao longo do percurso. No km 38 senti uma pequena cãimbra, mas consegui terminar bem”, definiu a campeã, Maria Zeferina Baldaia.
Classificação do pódio masculino (hora, minuto e segundo)
1 – Claudir Rodrigues (Brasil) – 2h17’07”
2 – Luiz Carlos Fernandes da Silva (Brasil) – 2h17’24”
3 – Marco Antonio Pereira – (Brasil) 2h18’09”
4 – Francisco Barbosa dos Santos (Brasil) – 2h18’25”
5 – Rotich Philion Chemlany (Quênia) – 2h18’46”
Classificação do pódio feminino
1 – Maria Zeferina Baldaia (Brasil) – 2h42’20”
2 – Edielza Alves dos Santos (Brasil) – 2h42’44”
3 – Marizete Moreira dos Santos – (Brasil) 2h43’28”
4 – Luiza de Souza Pinto (Brasil) – 2h46’05”
5 – Sueli Aparecida Vieira (Brasil) – 2h50’14”
Arnaldo de Sousa, jornalista e corredor
Foto: ZDL Comunicações
Um comentário:
ÓTIMA REPORTAGEM ARNALDO DE SOUSA.
PARABÉNS!
Wanderlei de Oliveira
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