sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Atletas de Verão


Uma das estações mais esperadas é o verão, que teve início no dia 22 de dezembro. É neste período, que vemos os famosos ‘atletas de verão’. São aqueles que treinam apenas nessa época do ano, fazem de tudo para parecerem saudáveis, ágeis, esbeltos. Arriscam uma partida de tênis na praia, que duram horas. Jogam frescobol com a namorada, como se fosse uma simples partida de tênis de mesa. E o futebol, enquanto tiver time na quadra ou no campo, o sujeito – não arreda o pé.

Aí que mora o perigo.

Hoje em São Paulo às 6 horas da manhã no Centro de Excelência BM&F de Atletismo a temperatura registrava 15 graus Celsius. Foi o suficiente para assustar muitos desses “atletas de verão”. Temos apenas mais alguns dias nessa estação, o outono começa no dia 20 de março.
Já se passaram sessentas dias do “Ano Novo”.

Lembra-se da promessa que você fez no Reveillon de que em 2008 tudo seria diferente?
Comer menos, treinar mais. Assistir menos televisão, ler mais. Trabalhar menos, viajar mais. Falar menos, namorar mais. Prometer menos, realizar mais. E principalmente compartilhar o dia-a-dia com sua família.

Esta esperando o quê para colocar em prática tudo isso?

Dê o primeiro passo – mas continue sempre em frente.

6h31 da manhã. Vigésimo nono dia de fevereiro de 2008. Conjunto Desportivo Constâncio Vaz Guimarães. Último treino técnico nas rampas. Chegamos aos 644 quilômetros nos sessenta dias do ano. A média esta em 10,7 quilômetros por dia. O acumulado total em 72.704 quilômetros.
Wanderlei de Oliveira

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Hábitos dos americanos


Em 1992, estava na cidade de Nova York, nos Estados Unidos para correr a minha segunda maratona (42.195 metros). A prova sempre é realizada aos domingos. Devido ao fuso horário na época de 3 horas a menos, sigo as recomendações dos fisiologistas que pesquisam o corpo humano e chegaram a conclusão de que o organismo precisa de um dia de adaptação para cada hora de fuso. Sendo assim, sempre saio do Brasil na terça-feira para chegar na quarta e ter tempo suficiente para “entrar no fuso”. Com a experiência de várias viagens internacionais em países como Japão, Rússia, África, sempre para competições, procuro chegar com muita antecedência para não ter que dar desculpas que foi o “fuso” que atrapalhou a performance. A primeira coisa que faço é deixar as malas no quarto do hotel e sair para correr. O corpo entra rápido no fuso e seguir o horário local das refeições. Não tem erro!

Outra coisa também importante é durante o vôo, beber muita água e fazer movimentos constantes para evitar o “jet leg” ou inchaço das pernas.

Era uma sexta-feira na fria manhã nova-iorquina. Final de outono. 6 horas. Ninguém na rua. Os termômetros registravam dois graus negativos. A sensação era de bem menos devido ao vento. Saio para correr equipado de running tigh (leg), luva, camiseta de algodão, blusa de moletom, touca (nessa época usava cabelo). A TV Globo fazia uma reportagem para mostrar os hábitos do povo americano, que levanta cedo, pratica esporte no Central Park e depois vai para o trabalho. O Hermano Henning, correspondente internacional da Rede Globo de Televisão, estava com a equipe filmando os poucos corredores que passavam no reservatório, que é um circuito de dois quilômetros em terra ao redor do posto de abastecimento de água de Manhattam. Ele dizia, “estamos aqui no Central Park para mostrar os hábitos dos americanos”. Exatamente nesse momento passei correndo e ele disse, “este aqui é um americano típico”. Essa gravação foi apresentada no Fantástico. Meus familiares quando assistiram acharam engraçada a coincidência.

Coincidência ou não – tanto lá quanto cá, continuo correndo e mantendo este hábito saudável.
Keep moving!

6h26 da manhã. Vigésimo oitavo dia de fevereiro de 2008. Parque do Ibirapuera em São Paulo. Reflexões dos treinos da semana com a Patrícia Vismara e a Dra. Selma Nakakubo. Já são 636 quilômetros nos cinqüenta e nove dias do ano. A média esta em 10,8 quilômetros por dia. O acumulado total em 72.696 quilômetros.
Wanderlei de Oliveira

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Apagão aéreo


A crise em que vivem as companhias aéreas geraram sérios transtornos as pessoas que precisam desse tipo de transporte para negócios, viagens e lazer.

Perde-se muito tempo nos aeroportos.

Certa ocasião, quando isto não era comum. Fui obrigado a fazer um pouso forçado no aeroporto de Miami, nos Estados Unidos. Ao ser informado que ficaríamos mais de 3 horas parado, como bom corredor, sempre carrego uma mochila com tudo que é necessário para o treino.

Tinha calculado que ao chegar ao destino, daria tempo para correr em algum parque próximo ao hotel. Com a parada que não estava programada, chegaria somente à noite. Para não perder o dia de treino, fui até a polícia federal e perguntei se poderia correr dentro do aeroporto. Disseram que não. Aí fiz outra pergunta, e lá fora? Pode. Mas não cruze a pista de pouso e decolagem. Ok.

Em todos os aeroportos há locais para guarda volume e chuveiro. Deixei a mochila guardada e fui correr na pista.

Como ia demorar muito corri 90 minutos.

Foi uma sensação diferente, ver os aviões bem próximos. Ficava imaginando o que os passageiros deveriam estar pensando ao ver pela janela um sujeito correndo próximo à pista. Será que ele acha que pode voar.

Terminei tranqüilo. Alonguei. Tomei banho. E ainda deu tempo para um lanche antes de embarcar em nova aeronave.

Em todas as viagens internacionais, 48 horas antes, costumo pedir um cardápio especial para maratonista: - massa, verduras, frutas e sucos. A digestão é mais rápida e dá para tirar uma soneca. O bom disso é que você sempre é servido primeiro e os outros passageiros ficam pensando que você é um doente e requer atenção especial. Somos todos especiais. Só que poucos sabem disso. É um direito de todo passageiro.

Na crise aérea, consulte sempre um corredor.

6h29 da manhã. Vigésimo sétimo dia de fevereiro de 2008. Último dia do Circuit-training do primeiro semestre. Completamos a “fase básica 2”. A partir de segunda-feira dia 3 de março, daremos início à “fase específica”. Chegamos aos 621 quilômetros nos cinqüenta e oito dias do ano. A média esta em 10,7 quilômetros por dia. O acumulado total em 72.681 quilômetros.
Wanderlei de Oliveira

Sol Nascente


Os monges e mestres de yoga sempre preconizaram que a hora mais rica em energia vital, prana é quando nasce o Sol.

Há muitos anos, quando conheci um mestre indiano que me iniciou na prática do Yoga e também me ensinou o suco antioxidante, comecei a praticar a “Saudação ao Sol”.

Como acordo diariamente às 4 horas da manhã, tenho o hábito de realizar uma das seqüências da saudação ao Sol. São nove posturas ou ásanas, que estimula a respiração com a troca do ar retido nos pulmões durante o sono pelo ar puro da manhã – rico em oxigênio (prana). Os exercícios são energizantes, ativam a circulação e nos deixa forte para o dia-a-dia.

Hoje presenciei uma das mais lindas manhãs de verão. Céu azul. Quando o Sol nasceu às 6 horas vi seus primeiros raios por entre as árvores próximas a nascente do Ipiranga na reserva de mata atlântica do Parque do Estado em São Paulo.

Foi um momento mágico. Rico em energia.

5h48 da manhã. Vigésimo sexto dia de fevereiro de 2008. Entre palmeiras imperiais, pau-brasil e vitórias-régias chegamos aos 613 quilômetros nos cinqüenta e sete dias do ano. A média esta em 10,7 quilômetros por dia. O acumulado total em 72.673 quilômetros.
Wanderlei de Oliveira

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Ao redor da Terra


A Lua Cheia é fonte de inspiração para músicos, poetas, escritores e cineastas que a usaram para criar pânico com suas cenas macabras de vampiros, lobisomens.

As várias fases da Lua influenciam os movimentos das marés, o corpo humano, as plantações. Dizem até que na Lua Crescente é possível crescer cabelo. Misticismo ou não, só o fato de acreditar já manifesta transformações.

Essa fase lunar que ocorreu o eclipse total onde a Terra se coloca entre o Sol e a Lua, fez com que refizesse alguns cálculos.

O mês de fevereiro esta chegando ao fim com 29 dias. Ano bissexto. 366 dias é o tempo que a Terra levará para dar a volta em torno do Sol.

Uma volta ao redor da Terra tem 39.840 quilômetros. Num ritmo de 6 minutos e 20 segundos por quilometro, uma pessoa levaria 175 dias correndo sem parar para dar a volta ao mundo pela linha do Equador (Guia dos Curiosos de Marcelo Duarte, Cia das Letras).

Se uma pessoa andar 5 km por dia, ao final de um mês terá percorrido 150 quilômetros, e no ano 1800 quilômetros. Se um par de tênis dura em média 500 quilômetros, ela terá gasto 3 pares e meio no ano.

Uma pessoa consome durante os 365 dias do ano o equivalente a 1 tonelada de alimentos.

Para gastar tudo isso – só fazendo exercícios aeróbios diariamente.

Por estar correndo desde os 6 anos de idade acredito que já tenha percorrido 72.658 mil quilômetros, quase duas voltas ao redor da Terra.

6h21 da manhã. Vigésimo quinto dia de fevereiro de 2008. Treino de ritmo de 5 quilômetros no asfalto do Parque do Ibirapuera. Cumpri a planilha. Respeitei o meu corpo. Devagar, mas sempre correndo. Completamos 598 quilômetros nos cinqüenta e seis dias do ano. A média esta em 10,6 quilômetros por dia.
Wanderlei de Oliveira

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Vai que você chega lá


Os tempos mudaram. Que bom!
Há mais de 25 anos quando a CORPORE – Corredores Paulistas Reunidos começou no incentivo a pratica da corrida em São Paulo, não era bem esse estímulo que se ouvia quando corríamos pelas ruas.
Você era mandado para lugares por muitos inexplorados.
Fiquei surpreso neste principio de manhã de domingo quando corria próximo ao Jardim Zoológico e um grupo de rapazes que voltavam da balada passou por mim e gritou: “Vai que você chega lá”.
Com o corpo fora do carro gesticulavam com os bravos, força, garra, vibração. Mais uma atitude de civilidade.
Bem diferente de outras épocas.
Esses rapazes podem ser filhos daqueles que chegaram até ser agressivos nos anos 80. Mas que, com o passar do tempo graças aos amigos, influência da mídia, foram motivados a correr e acabaram se tornando praticantes fervorosos que participam de todos os eventos promovidos pela CORPORE.
Isso é evolução.
Atitudes como essa, devem ser elogiadas.
“Vai que você chega lá”.
Provavelmente um dia eu chego lá.
Enquanto isto sigo o meu caminho.

6h32 da manhã. Vigésimo quarto dia de fevereiro de 2008. Ainda era possível ver a Lua cheia. Nesta semana, aconteceu o eclipse total (fenômeno que ocorre quando a Terra se coloca entre o Sol e a Lua) na virada de quarta para quinta-feira. Se você perdeu, somente em 2015 será o próximo eclipse total. Já o parcial poderá ser visto em agosto deste ano. De olho na Lua, mas com o pé na rua completamos 588 quilômetros nos cinqüenta e cinco dias do ano. A média esta em 10,7 quilômetros por dia.

Wanderlei de Oliveira

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

A força de uma palavra

por Karine César*

Sabe aquela história de estar no lugar certo na hora certa? Foi justamente o que aconteceu comigo hoje. Na verdade, o que veio na hora certa foi a frase dita pelo treinador Wanderlei. Enquanto estávamos nos aquecendo para o circuit trainning, ele sabiamente disparou: “Estou gostando de ver” (referindo-se a minha freqüência um pouco mais constante nos treinos). Era justamente disto que precisava!
Ao contrário de muitas pessoas que respondem “bem” ao desdenho dos outros e se superam, eu funciono melhor com uma palavra de incentivo. Cada um no seu estilo. Tive uma chefe que sustentava a teoria de que não podia elogiar o trabalho de nenhum funcionário porque, se o fizesse, ele relaxaria. Lembro-me até hoje quando recebi um e-mail dela me parabenizando pelo meu texto. Além daquilo massagear o meu ego, provei a ela que nem sempre é na porrada que as pessoas dão o seu melhor. Tanto que continuei recebendo elogios.
Realmente, depois da decepção com o meu tempo na São Silvestre, resolvi me empenhar este ano. Tirei minhas promessas do papel e estou me esforçando para colocá-las em prática. Para isso, eliminei coisas que empatavam o meu objetivo. Livrei-me das guloseimas (ficar mais leve ajuda muito na hora de correr); de um namorado que não respeitava a minha rigidez de horário para dormir; e das baladas no meio da semana. Enfim, meu estilo de vida mudou. Confesso que sair da cama pela manhã ainda está sendo o meu maior desafio. Mas, em breve, também vou superá-lo. (O Reinaldo e o Nilton estão me incentivando nessa parte)
Sei que os puxões de orelhas são necessários, isso é incontestável. Entretanto, às vezes, um tapinha nas costas também. E, por isso, que, não importa qual seja o seu temperamento, uma coisa é válida para todos: aquela frase colocada no momento certo (seja de repreensão ou de incentivo) é que faz você literalmente correr mais rápido.

* Karine César é editora da revista Dieta Já, da Editora Símbolo

Velocidade


O velocista já nasce. Mas com treinamento técnico adequado é possível melhorar a velocidade.
Há muito se questiona os limites do ser humano. Como tudo na vida se transforma, evolui. Assim é o homem. A cada novo recorde mundial ou pessoal, o limite vai sendo empurrado para frente.
Na busca pela evolução, não há limite.
A cada início de temporada, observo as pessoas nos treinamentos de biomecânica. A grande maioria, sem coordenação motora, sentido de direção, percepção corporal, sem energia para executar os educativos. Tudo isso é natural para quem nunca se preocupou em fazer um trabalho para melhorar os movimentos do corpo. Quanto mais relaxado for, maior será o rendimento. E conseqüentemente, menos estresse. Segundo os monges budistas, um corpo flexível pode durar muitos anos.
Um modo especial que encontramos para nos auxiliar nessa busca pela melhoria da técnica é os tiros em rampas. Por 4 semanas fizemos no Parque do Ibirapuera na ladeira da solidão com 50 metros de extensão e 45% de inclinação. Agora utilizamos a rampa do Centro de Excelência BM&F de Atletismo. São 10 metros para tomada de velocidade, 10 metros de inclinação onde trabalhamos ação rápida dos braços e força das pernas; 10 metros plano no topo para soltura, 10 metros em descida com baixa velocidade e mais 10 metros soltando. Exatamente 50 metros, a mesma distância do início de temporada. Porém agora, são exigidos mais potência, dinâmica, percepção, atenção. Concentração na técnica. Os ganhos são vários: - braços, peitorais, panturrilhas, pernas, glúteos fortes. Além de fortalecer os vários grupos abdominais.
O recorde atual dos 100 metros rasos masculino pertence ao jamaicano Asafa Powell, de 26 anos com o excepcional tempo de 9seg74, estabelecido em 9 de setembro do ano passado em Rieti na Itália.

6h15 da manhã. Vigésimo segundo dia de fevereiro de 2008. Depois de uma “corrida zen” no Jardim Botânico no dia anterior entre tucanos, bugios, jacus e paturis é bom estimular a produção de adrenalina com os treinos de velocidade na pista para ficarmos mais ligados – atentos, presentes. Com muita energia. Completamos 554 quilômetros nos cinqüenta e três dias do ano. A média esta em 10,4 quilômetros por dia.Wanderlei de Oliveira

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Devagar... devagarinho


É o título da música lançada em 1995 no disco “Ta delícia, ta gostoso”, de Martinho da Vila. Martinho da Vila é um dos responsáveis em popularizar o partido alto, samba cadenciado que antes se tocava nos terreiros e nas quadras das escolas de samba. Com mais de 140 composições, nos anos 70 emplacou músicas de sucesso como “canta canta, minha gente” e “disritmia”. Foi o primeiro sambista a vender mais de 1 milhão de discos e ganhar o disco de diamante.
Martinho da Vila é famoso por ser “muito devagar”, mas ele diz que é desse jeito que vai driblando os espinhos e seguindo o seu caminho. “Sei onde vou chegar”.
“Quem tem pressa pode tropeçar e se arrebentar. Devagarinho é que a gente chega lá”.
Se devagar o sambista Marinho da Vila chegou aos 70 anos. Devagarinho quero chegar aos 140 anos. A música e letra “Devagar... devagarinho” é de autoria de Eraldo Divagar, a interpretação é de Martinho da Vila.

5h51 da manhã.
Décimo nono dia de fevereiro de 2008. Parque do Estado de São Paulo. O Jardim Botânico abre às 6 horas, mas para quem corre – todas as portas se abrem. A natureza às vezes nos deixa em situações desconfortáveis. Correndo na trilha dos bugios, em uma das arvores estava um macaco, tranqüilo, urinando em quem passasse. Como já não é a primeira vez que isso acontece, afinal, é lá seu habitat. Esperei por alguns segundos para avisar um grupo de senhoras orientais que caminhavam na trilha. Pensei em dizer “tin-tin”, mas poderia ser deselegante, porque na tradução da língua japonesa, “tin-tin” é o mesmo que “piu-piu”. Agora fica aí a dica, antes de brindar e dizer “tin-tin” em uma festa veja se não tem nenhum oriental por perto. Em tempo, este ano é comemorado o centenário da imigração japonesa ao Brasil.
Chegamos a 525 quilômetros nos cinqüenta dias do ano. A média esta em 10,5 quilômetros por dia.

Wanderlei de Oliveira

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Ritmo, harmonia, evolução

O carnaval já passou. Os ensinamentos podem ser transferidos para o atletismo de competição. Para que uma escola de samba se torne campeã, são necessários vários ensaios. No atletismo, muitos treinos.
Para tudo estar afinado e sair conforme o planejado no dia do desfile ou competição, temos que ficar atentos ao ritmo para cruzar os 800 metros de pista do Sambódromo. Os integrantes da escola têm que ter harmonia com o samba-enredo, bateria para que haja uma evolução perfeita.
Hoje fizemos o primeiro treino de ritmo do ano. O tempo run, que é um método moderno de treinamento onde se estabelece a distância a ser percorrida e os tempos de passagens por quilômetro.
Exemplo: 5 K de forma contínua (sem paradas).
É um excelente treino para trabalhar com monitor cardíaco como auxílio no controle da freqüência cardíaca e ritmo de corrida.
O melhor indicativo de sua atual condição física. Sempre será o seu desempenho nos treinos.
Observe o seu comportamento no TEMPO RUN de 5 km.
- Os primeiros 2.5 K têm que ser igual ou mais rápido (no máximo 30 segundos) em relação à segunda metade.
- Se você iniciar muito rápido, corre o risco de parar nos próximos quilômetros.
- Caso esteja correndo mais rápido em treino (tempo real) do que nas provas, é sinal de que esta fazendo algo errado (verifique o tempo estipulado e consulte seu técnico).
- Conduza o seu treino com inteligência. Temperaturas altas e umidade relativa do ar superior a 80%, como esta manhã, são fatores determinantes para uma possível queda no rendimento.

6h00 da manhã. Décimo oitavo dia de fevereiro de 2008. Parque do Ibirapuera em São Paulo. Treino em perfeita harmonia. Tempo previsto para 20min25, média de 4min05; tempo estabelecido de 20min20, média de 4min04. Apenas um segundo na média mais rápido. Apenas como curiosidade, nos 10 K de São Paulo no dia 25 de janeiro passei os primeiros 5 K em 20min18 e o segundo em 20min22. O meu grupo passou o primeiro quilômetro em 4min10 (trecho com subidas e curvas) e o segundo em 3min59 (descida). Depois mantivemos a média sob controle. Agora estamos com 510 quilômetros nos quarenta e nove dias do ano. A média esta em 10,4 quilômetros por dia.

Wanderlei de Oliveira

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Geração flex

Há quinze anos as montadoras nacionais apostaram nos carros com motores que consomem álcool e/ou gasolina. O flex. O Brasil, com sua diversidade de riquezas naturais, sai vitorioso na batalha de preservação do meio ambiente e já este ano pode superar a frota de veículos flex dos Estados Unidos. Em 1991, foram os americanos que lançaram esse tipo de automóvel, Com a crise do petróleo e a dependência da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), formada pelos países do Golfo Pérsico - Irã, Iraque, Kwait e Arábia. No final de 1975 o governo do Brasil lançava o programa Proálcool, depois da crise do petróleo de 1973. Foi a época em que o piloto de Fórmula 1 Émerson Fittipaldi corria com o Copersucar. É um erro pensar que os carros flex são “bicombustíveis”. Só pode ser qualificado bicombustível um carro abastecido por gás natural ou por gasolina, em que cada veículo tem seu próprio reservatório do combustível específico.
Com a campanha nacional de proibição de venda de bebidas alcoólicas nas rodovias, é comum vermos jovens apostando quem é o mais “fortão” e é capaz de “beber” mais. Mais vodka, mais uísque, mais cerveja, mais cachaça. Vinho é bebida de tiozão. De estômago vazio, isso vira uma bomba. Eles acham que funcionam como energético para impressionar os amigos e as namoradas.
Puro engano! O que pode acontecer é destruir a saúde, a vida. Além de dar muita dor de cabeça no dia seguinte.
É também falsa a idéia de que “beber” só um pouquinho – relaxa. O primeiro efeito é a euforia, desinibição. A segunda, depressão, falta de coordenação motora, sono e coma alcoólico. Seu uso freqüente degenera vários órgãos do corpo humano, estômago, fígado, coração e cérebro. As doenças mais graves apresentadas são cirrose, gastrite, anemia e úlceras.

7h00 da manhã. Décimo sétimo dia de fevereiro de 2008. Final do horário de verão. Jardim Botânico de São Paulo. Nada melhor do que uma boa corrida para gastar os carboidratos consumidos na noite anterior em dois aniversários do qual participamos. Nosso principal combustível, que gera energia e nos leva a correr longas distâncias são os alimentos naturais, frutas, carboidratos e muita água fresca. Com tudo isso chegamos aos 500 quilômetros nos quarenta e oito dias do ano. A média está em 10,4 quilômetros por dia.

Wanderlei de Oliveira

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

É para frente que se corre!


Parece uma afirmação óbvia vinda de uma pessoa apaixonada pelo atletismo como eu. Meu pai, Olavo de Oliveira, que além de engenheiro mecânico, sambista, foi um excelente atleta. Atleta na pura concepção da palavra. Disciplinado. Determinado. Entusiasmado. Vencedor. Não que ele fosse melhor do que os outros. Ele apenas fazia o que planejava. Conquistava seus objetivos. Se auto-superava.
Em 1966, motivado por ele, iniciei no atletismo em provas de velocidade na distância de 50 metros. Cresci dentro dessa filosofia.
Tenho dentro de mim – essa busca pela evolução. Sempre!
Acredito que sem sacrifícios pessoais não é possível chegar a lugar algum.
Algumas pessoas têm talento – mas não sabem como aprimorar.
Outros têm vontade – esses se transformam em vencedores.
Já vi pessoas correndo de lado, para trás, em zig-zag. Correndo da raia. Correndo das provas. Correndo de teste. Correndo para o abraço.
Isso também me fez lembrar uma passagem nos Jogos Olímpicos de Atenas em 2004 na Maratona quando o alucinado padre irlandês Cornélius Horan invadiu a pista com os braços abertos e derrubou o maratonista brasileiro Vanderlei Cordeiro de Lima. Cordeiro fez jus ao nome. Não reagiu. Não esboçou nenhum gesto obsceno. Apenas se levantou. Sacudiu a poeira e seguiu em frente.
Seu gesto de humildade, profissionalismo e espírito olímpico lhe rendeu o título conferido a grandes personalidades do esporte mundial – a medalha de honra do Barão Pierre de Coubertin.

6h00 da manhã. Décimo quinto dia de fevereiro de 2008. Centro de Excelência BM&F de Atletismo. A grande novidade desta temporada é o treino técnico de biomecânica na rampa ao lado da pista. Esse tipo de treino melhora a coordenação motora, impulsão, amplitude de passadas. Há um excelente aprimoramento da força explosiva, velocidade, resistência anaeróbia. Completamos 470 quilômetros nos quarenta e seis dias do ano. A média esta em 10,2 quilômetros por dia.Wanderlei de Oliveira

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

A vida é passageira, ligeira


Viva Zen, reflexões sobre o instante e o caminho (Publifolha 2004) é o primeiro livro da Monja Coen. Viver zen ensina a mestra, “não é só ficar bem”. É um modo de começar a mudar, de recontar a história aproveitando cada instante. “Mudar o mundo ternamente requer viver zen”. Monja Coen Sensei é missionária oficial da tradição Soto Shu Zen-budismo, com sede no Japão, e é a Primaz-Fundadora da Comunidade Zen-budista, criada em 2001, com sede no Pacaembu, bairro de São Paulo.

Ofereço este texto extraído do livro Viva Zen ao jornalista Arnaldo de Sousa, que perdeu o pai no último domingo, vítima de câncer. Terça-feira e hoje, no teste dos 3.000 metros, o Arnaldo estava presente.

“Um viajante solitário caminhava por entre as curvas de uma trilha nas montanhas quando ouviu um som estranho às suas costas. Virou-se. Um tigre feroz corria em sua direção. O viajante disparou numa corrida sem saber para onde ia. Parou em um precipício pensando que ali terminaria sua vida.

Oh! Graças. Havia um cipó. Pendurou-se no meio do abismo, escapando da boca do tigre. Logo notou que as mãos eram fracas e não suportariam por muito tempo o peso de seu corpo. Olhou para baixo: havia uma enorme cobra esticando a língua. Tentou encontrar apoio na rocha para se escorar. Havia quatro serpentes menores. Tremendo e assustado, olhou para cima: dois ratos, um branco e outro preto roíam o cipó no qual se prendia.

Tremia o viajante, tremia e tremia. Foi nesse instante que, de uma colméia a cerca de dois metros acima, caiu uma gota de mel em sua boca entreaberta. Esqueceu-se de tudo, do perigo, da morte. Ficou embriagado por uma gotinha de sorte:

Ah! Como é doce.

Esse é um conto budista da Índia antiga. Explica que o viajante é o ser humano. A trilha na montanha é a vida. Vamos caminhando despreocupados. No entanto, persegue-nos um tigre esfomeado.

O tigre é o carma, lei inexorável de causa e efeito, de ações, condições e resultados...O que nós fizemos, mesmo lá no passado, nos persegue e pode nos devorar...Não apenas cada um de nós, mas há o que se chama de carma coletivo.

Buda recomendava aos monges que meditassem para se livrar do apego aos sentidos. A vida é passageira, ligeira. Não percam tempo, despertem. Sem fugir do carma, consertem, que jeito ainda tem. Arrependam-se e acertem-se. Compreendendo, ouvindo e respeitando as pessoas.

Cada um de nós tem de refazer o voto de ser todo o bem. Crie um tigre manso, brincalhão, que se joga no chão com as patas para cima pedindo apenas um afago “.

6h00 da manhã. Décimo terceiro dia de fevereiro de 2008. Centro de Excelência BM&F de Atletismo. Dia do Teste dos 3.000 metros. Sem preocupação de fazer resultado por ser início de temporada. É uma ótima oportunidade para observar como cada um reage nas parciais a cada 1.000 metros. Completamos 460 quilômetros nos quarenta e quatro dias do ano. A média esta em 10,4 quilômetros por dia.

Wanderlei de Oliveira

Foto: Largada do Ironman de Florianópolis (Fernanda Paradizo)

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Movimento gera Energia


A Energia vem do movimento. Observe que o movimento dos ventos gera Energia.
O movimento das águas gera Energia. Assim são os pensamentos, o corpo humano.
Até pouco tempo se achava que os portadores de osteoporose, enfraquecimento dos ossos, deveriam ficar parados. Segundo pesquisas do American College Sport Of Medicine, chegou-se à conclusão de que é o oposto. A atividade física de alto impacto, como a corrida e a ginástica aeróbia, podem ajudar no processo de recuperação e prevenção, desde que orientação por profissionais comprovadamente capacitados e por acompanhamento médico.
Não vão sair por aí correndo que nem loucos.
Um ótimo exemplo é o caso da Mítico Nakatani, de 75 anos, campeã do Mundo da Maratona na Espanha em 2005. Mítico começou aos 60 anos a fazer caminhada por recomendação e orientação médica, depois de passar vários anos doente. Nakatani foi destaque em várias revistas e programas de TV. É a atual recordista brasileira dos 3.000 metros à maratona. Tem 51 minutos nos 10 km e 4h13 na Maratona de Paris.
Como muitos no Brasil iniciaram o ano de 2008 somente hoje, essa é uma ótima oportunidade para começar a se movimentar.

6h00 da manhã. Décimo primeiro dia de fevereiro de 2008. Centro de Excelência BM&F de Atletismo. Dia do Circuit-Training, com exercícios de biomecânica do movimento, ginástica e repetições de 800 metros. Completamos 442 quilômetros nos quarenta e dois dias do ano. A média esta em 10,5 quilômetros por dia.

Wanderlei de Oliveira

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Apoteose

No último sábado de madrugada, aconteceu no Sambódromo o desfile das escolas de samba campeãs de São Paulo. Na apoteose, o desfile é mais descontraído e não vale pontos oficiais, mas, são eleitos os vendedores do “Estandarte de Ouro”, em vários quesitos, como: enredo, puxador, mestre sala e porta-bandeira, samba-enredo, passista, entre outros. E como dizia o poeta Dorival Caymmi, autor da canção "Samba da minha terra": "Quem não gosta de Samba, bom sujeito não é, é ruim da cabeça ou doente do pé".
Esta música e letra marcou o início da carreira de Dorival Caymmi, e foi lançada pelo Bando da Lua em sua visita ao Brasil em 1940. "O Samba de Minha Terra" foi regravado por João Gilberto em seu elepê de 1961. E apresentado ao vivo no Carnegui Hall, em Nova Iorque no ano de 1964.

Saber sambar é uma arte e um esporte
O meu pai, Olavo de Oliveira, um apaixonado pelo futebol e também pelo samba, foi o fundador da Escola de Samba Almirante nos anos 50. A escola era formada por jovens moradores do Bairro da Móoca, todos esportistas.
Dele herdei essas duas paixões, o esporte e a música. Comecei como passista em várias escolas, até ser convidado pelo “Pé Rachado”, fundador e presidente da Barroca da Zona Sul (que também era amigo do meu pai), para desfilar em sua escola. E lá fui eu, dos 14 aos 17 anos, até ser convidado pelo presidente da Imperador do Ipiranga, Laerte Toporcov, e pela carnavalesca Maria Aparecida Urbano, para aprender a arte de “mestre-sala”. Aos 18 anos, estreava como mestre-sala. Dessa época, guardo o carinho e o respeito que as pessoas da escola têm por essa figura do “mestre-sala” e da “porta-bandeira”. São eles que carregam na avenida a bandeira da escola: - com galhardia, enaltecendo as raízes da cultura de um povo, assim como um “beija-flor” que antes de colher o néctar, circunda por várias vezes a flor, como que a pedir licença para se deleitar de prazer com o seu mel.
Os anos se passaram e o estandarte segue em frente.
Da comparação com o esporte, para sambar é preciso condicionamento físico, monitorados pela equipe do professor Turíbio de Barros Leite, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), durante o tempo de desfile de 60 minutos em média. Cada ala leva para percorrer os 800 metros da passarela do samba de 20 a 22 minutos, em que são gastas em média 400 calorias.

6h30 da manhã. Décimo dia de fevereiro de 2008. Parque do Estado de São Paulo, após desfile na Escola de Samba Mocidade Alegre e viagem para Taubaté, voltamos à rotina. Sem perder um só dia de treino, chegamos aos 436 quilômetros nos quarenta e um dias do ano. A média esta em 10,6 quilômetros por dia.

Wanderlei de Oliveira

domingo, 3 de fevereiro de 2008

O drama dos fundistas no Quênia

por José Eduardo Barella

O Quênia é o país que mais forneceu fundistas campeões mundiais e medalhistas olímpicos nos últimos 40 anos. A ex-colônia britânica também ganhou fama nesse período como uma das mais estáveis e prósperas da África.

Há um mês, porém, o país mergulhou no caos depois que o resultado da eleição presidencial foi contestado pela oposição. E o que era inicialmente uma crise política virou um conflito étnico que já deixou mais de 800 mortos e ameaça exterminar a elite de atletas quenianos que mora no Vale Rift, epicentro dos distúrbios -- uma belíssima região montanhosa no oeste do país, com temperatura e altitude (2.000 metros) ideais para treinamento.

Até agora dois conhecidos ex-corredores já foram assassinados. Um deles, Lucas Sang, integrante do quarteto queniano de revezamento 4x100m em Seul-88 e que trabalhava como treinador, teve a cabeça decapitada e o corpo queimado no final de dezembro por um bando da etnia rival. No mesmo dia, Luke Kibet – maratonista campeão mundial de 2007 (melhor tempo no ano: 2h15m59s) – foi atingido por uma pedra na cabeça e só escapou por causa de seu talento de fundista. Ao perceber que seria pego pela turba, fugiu correndo. No último dia 22 foi a vez do maratonista Wesley Ngetich, de 34 anos (recorde pessoal: 2h12), ser morto por uma flecha envenenada.

Nas últimas semanas, vários fundistas interromperam o treinamento visando os Jogos de Pequim com medo de serem mortos. A maioria dos atletas de elite do Quênia é da etnia kalenjin e virou alvo da etnia rival kikuyu. Embora minoria no Vale Rift, os kikuyus dominam a política queniana e, por extensão, as forças de segurança. Ezekiel Kemboi, ouro em Atenas-04 nos 3 mil metros com barreiras com o tempo de 8m05s, seu treinador, Mose Kiptanui (considerado o maior corredor de obstáculos da história e o primeiro a correr abaixo dos 8 minutos, com 7m28s) e William Mutwol (bronze em Barcelona-92, com 8m10s) receberam ameaças veladas de policiais da etnia rival. Eles assinaram um documento, com outros 53 campeões e ex-campeões, denunciando a perseguição..

Graças ao dinheiro acumulado com corridas disputadas no exterior, os atletas de elite são alvos preferenciais no Vale Rift. Muitos deles compraram fazendas e têm um padrão de vida acima da média na região, despertando o ódio e a inveja da etnia rival. Além de ameaçar a participação do país em Pequim, o conflito pode acabar com que o país tem de melhor a oferecer ao mundo – atletas diferenciados, preocupados simplesmente em bater recordes e oferecer uma vida melhor para sua família.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Valores e Compromissos

Saudades dos tempos em que um aperto de mão selava o compromisso entre homens. Saudades dos valores que se dava quando se pedia a benção dos pais, tios, avós.
Saudades de um olhar afetivo, sem malícia.

Saudade de palavras dita com o coração que engrandeciam as pessoas.
Saudades de pessoas sinceras, fortes o suficiente para admitirem seus erros. Corrigi-los, que não joguem seus problemas nas costas de outros.

Esses valores não nos são ensinados na escola.

Aprendemos com a disciplina, respeito à vida, ao próximo.

Muitos, assim como nós, tivemos a oportunidade de crescer amparados por pelo carinho de nossos pais. Estudamos nos melhores colégios. Viajávamos nos finais de semana.

Um exemplo de que tudo isso é muito importante, mas não define o caráter de uma pessoa.
Estou me referindo a Ana Luiza dos Anjos Garcez, 45, ex-menina de rua que fazia uso de drogas, e não nasceu em berço de ouro. Não conheceu seus pais, não tem família.

Porém, os valores e compromissos estão bem intrínsecos em sua índole. É uma pessoa que respeita o próximo. Respeita os horários. Respeita a opinião das pessoas de quem ela gosta. E quando gosta, faz de tudo. É uma pessoa sensível. Apesar de às vezes parecer agressiva, mas é uma defesa, pelas dificuldades que a vida lhe impôs por viver na rua com marginais.

Esses valores e compromissos, não foram lhe ensinados.

A cada dia, aumenta minha admiração por esse ser humano – de valor.

No último sábado no ensaio técnico da Escola de Samba Mocidade Alegre no sambódromo em São Paulo, ela demonstrou esses e vários outros valores – se preocupando, ajudando, incentivando todos os integrantes da nossa ala, a dos roqueiros.

As pessoas quando a vêem, demonstra carinho, admiração, respeito.

Hoje ela orienta um grupo de crianças na iniciação do atletismo no Conjunto Desportivo Constâncio Vaz Guimarães. Projeto da Federação Paulista de Atletismo.
Temos muito que aprender com o ser humano.

10h16 da manhã. Primeiro dia de fevereiro de 2008. Dando seqüência a planilha, fiz o “Yoga Run” na pista de atletismo. Completados 340 quilômetros nos trinta e dois dias do ano. A média esta em 10,6 quilômetros por dia.

Wanderlei de Oliveira