Nem favoritos, nem brasileiros. O pódio masculino foi completamente composto por estrangeiros na 84ª São Silvestre, neste dia 31 de dezembro de 2008. Na última corrida do ano, dois quenianos, um tanzaniano e um colombiano receberam a premiação. O discreto James Kipsang terminou os 15 km da prova em 44min42seg. Ele foi seguido de longe pelo então favorito Evans Cheruyiot que terminou a prova com 45min16seg.
Entre as mulheres, a vencedora foi a etíope Yimer Wude Ayalew com o tempo de 51min37seg. Ela foi seguida por quatro brasileiras que honraram a bandeira nacional na linha de chegada.
Desde o ano 2000, que o Brasil não passa dois anos consecutivos sem vencer em pelo menos uma prova (feminino ou masculino) da São Silvestre. A corrida desse ano foi “esvaziada” pela ausência de corredores consagrados como Marilson Gomes e Robert Cheruyiot que alegaram lesões.
O melhor brasileiro na corrida foi Raimundo Nonato, sétimo colocado, concluindo com o tempo de 46min03seg. Vanderlei Cordeiro, que anunciou sua aposentadoria do circuito profissional (e dominou a cena) acabou na 102ª posição, depois de 52min12s.
Nesta edição da São Silvestre o Quênia levou 11 títulos e o Brasil 10 entre os homens. No feminino, a Etiópia venceu duas. A desse ano e em 1994 com Derartu Tulu, segundo os organizadores.
Cerca de 20 mil corredores se aglomeraram na Avenida Paulista à espera da largada. Gente de todos os estados brasileiros. Figuras carimbadas que correram fantasiados de "João-de-Barro", "morte", "Emília", "travestidos" e até a nossa Ana Luiza Garcez, a animal estava vestida de roupa colorida e chamava a atenção da galera nas ruas.
O público foi fantástico. Durante todo o percurso, as ruas e avenidas estavam cheias de gente apoiando, gritando, brincando com os personagens. No Elevado Costa e Silva, uma DJ colocou o som no alto e tocava Cindy Lalper para os passantes. Antes dos corredores atingirem o viaduto Pacaembu, uma tradicional senhora jogava água de mangueira pra galera se refrescar.
Outros populares trouxeram suas percussões e tocavam uma batucada pra quem passasse. Fora os gritos de: "falta pouco" ou "vai lá" ou ainda: "tá devagar, vamboraaaa". Esse tipo de coisa é que abrilhanta a corrida.
O percurso
Estava quente na largada. Quem largou lá atrás demorou uns três a quatro minutos (ou mais) para atingir o tapete de cronometragem. Havia muita gente mal preparada que se posicionou na linha de largada. O que dificultou quem estava mais preparado para atingir o ritmo de corrida.
Nesse aspecto a Yescom deveria adquirir o know-how da Corpore. Na corrida da Nike de 20 mil pessoas, o corredor só entrava na baia do tempo pretendido. Assim, a largada tende a ser mais ou menos homogênea. Nesse quesito a São Silvestre tumultua.
Havia muita gente entre a largada até a Rua da Consolação que impedia mais avanço. Só na descida da Consolação ajudou a quem estava mais treinado a avançar um pouco mais. A Avenida Ipiranga e a São João estavam abafadas. O ar parecia que não circulava. Os pontos de água eram muitos, mas insuficientes devido ao calor que fazia após o início da corrida.
A partir do km 5 já dava pra ver pessoas andando. Gente que começou a prova em situação de lesões mal-curadas ou estavam despreparados. Essa foi uma constante em vários quilômetros. Apesar de haver milhares correndo, pudemos ver algumas pessoas caminhando ou até passando mal.
Entre a Avenida Rio Branco e Rudge passou uma brisa reconfortante que acredito ter ajudado muitos corredores. Nesse ponto dava para perceber a altimetria se alterando pouco a pouco até os corredores atingirem o Centro Histórico de São Paulo.
Após o Viaduto do Chá já dava para avistar o início da temida por muitos: a Avenida Brigadeiro Luis Antonio. Do começo à metade da avenida, novamente, havia muitos andarilhos, ao invés de corredores. Quem podia estava mantendo o ritmo ou mesmo forçando para terminar logo a competição.
Após atingir o platô da Brigadeiro (em frente a Alameda Ribeirão Preto) já dava pra ver a Avenida Paulista. Neste ponto, vários corredores iniciaram seus sprints finais. Muitos já entraram na Paulista em ritmo acelerado para a linha de chegada.
Entre as mulheres, a vencedora foi a etíope Yimer Wude Ayalew com o tempo de 51min37seg. Ela foi seguida por quatro brasileiras que honraram a bandeira nacional na linha de chegada.
Desde o ano 2000, que o Brasil não passa dois anos consecutivos sem vencer em pelo menos uma prova (feminino ou masculino) da São Silvestre. A corrida desse ano foi “esvaziada” pela ausência de corredores consagrados como Marilson Gomes e Robert Cheruyiot que alegaram lesões.
O melhor brasileiro na corrida foi Raimundo Nonato, sétimo colocado, concluindo com o tempo de 46min03seg. Vanderlei Cordeiro, que anunciou sua aposentadoria do circuito profissional (e dominou a cena) acabou na 102ª posição, depois de 52min12s.
Nesta edição da São Silvestre o Quênia levou 11 títulos e o Brasil 10 entre os homens. No feminino, a Etiópia venceu duas. A desse ano e em 1994 com Derartu Tulu, segundo os organizadores.
Cerca de 20 mil corredores se aglomeraram na Avenida Paulista à espera da largada. Gente de todos os estados brasileiros. Figuras carimbadas que correram fantasiados de "João-de-Barro", "morte", "Emília", "travestidos" e até a nossa Ana Luiza Garcez, a animal estava vestida de roupa colorida e chamava a atenção da galera nas ruas.
O público foi fantástico. Durante todo o percurso, as ruas e avenidas estavam cheias de gente apoiando, gritando, brincando com os personagens. No Elevado Costa e Silva, uma DJ colocou o som no alto e tocava Cindy Lalper para os passantes. Antes dos corredores atingirem o viaduto Pacaembu, uma tradicional senhora jogava água de mangueira pra galera se refrescar.
Outros populares trouxeram suas percussões e tocavam uma batucada pra quem passasse. Fora os gritos de: "falta pouco" ou "vai lá" ou ainda: "tá devagar, vamboraaaa". Esse tipo de coisa é que abrilhanta a corrida.
O percurso
Estava quente na largada. Quem largou lá atrás demorou uns três a quatro minutos (ou mais) para atingir o tapete de cronometragem. Havia muita gente mal preparada que se posicionou na linha de largada. O que dificultou quem estava mais preparado para atingir o ritmo de corrida.
Nesse aspecto a Yescom deveria adquirir o know-how da Corpore. Na corrida da Nike de 20 mil pessoas, o corredor só entrava na baia do tempo pretendido. Assim, a largada tende a ser mais ou menos homogênea. Nesse quesito a São Silvestre tumultua.
Havia muita gente entre a largada até a Rua da Consolação que impedia mais avanço. Só na descida da Consolação ajudou a quem estava mais treinado a avançar um pouco mais. A Avenida Ipiranga e a São João estavam abafadas. O ar parecia que não circulava. Os pontos de água eram muitos, mas insuficientes devido ao calor que fazia após o início da corrida.
A partir do km 5 já dava pra ver pessoas andando. Gente que começou a prova em situação de lesões mal-curadas ou estavam despreparados. Essa foi uma constante em vários quilômetros. Apesar de haver milhares correndo, pudemos ver algumas pessoas caminhando ou até passando mal.
Entre a Avenida Rio Branco e Rudge passou uma brisa reconfortante que acredito ter ajudado muitos corredores. Nesse ponto dava para perceber a altimetria se alterando pouco a pouco até os corredores atingirem o Centro Histórico de São Paulo.
Após o Viaduto do Chá já dava para avistar o início da temida por muitos: a Avenida Brigadeiro Luis Antonio. Do começo à metade da avenida, novamente, havia muitos andarilhos, ao invés de corredores. Quem podia estava mantendo o ritmo ou mesmo forçando para terminar logo a competição.
Após atingir o platô da Brigadeiro (em frente a Alameda Ribeirão Preto) já dava pra ver a Avenida Paulista. Neste ponto, vários corredores iniciaram seus sprints finais. Muitos já entraram na Paulista em ritmo acelerado para a linha de chegada.
Confira a chegada dos vencedores
Masculino
1. James Kipsang (Quênia) - 44min42
1. James Kipsang (Quênia) - 44min42
2. Evans Cheruyot (Quênia) - 45min16
3. Kiprono Mutai (Quênia) - 45min28
4. Marco Joseph (Tanzânia) - 45min37
5. William de Jesus (Colômbia) - 45min47
Feminino
1. Yimer Wude Ayalew (Etiópia) – 51min37
1. Yimer Wude Ayalew (Etiópia) – 51min37
2. Fabiana Cristine da Silva (Brasil)– 52min28
3. Marily dos Santos (Brasil) – 52min48
4. Edielza Alves dos Santos (Brasil) – 53min02
5. Luzia de Souza Pinto (Brasil) – 53min52
Arnaldo de Sousa, jornalista e corredor
Foto: Gazeta Esportiva.Net/Djalma Vassão/Gazeta Press
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