"Quem não gosta de samba bom sujeito não é, é ruim da cabeça ou doente do pé"
No último dia 2 de dezembro foi comemorado o Dia Nacional do Samba, muitos cobraram um post no blog, mas como tudo tem a sua hora, aqui vai. O poeta Dorival Caymmi, autor da canção "Samba da minha terra": - "Quem não gosta de Samba, bom sujeito não é, é ruim da cabeça ou doente do pé", com essa letra marcou o início da carreira que foi lançada pelo Bando da Lua em sua visita ao Brasil em 1940. "O Samba de Minha Terra" foi regravado por João Gilberto em seu elepê de 1961 e apresentado ao vivo no Carnegui Hall, em Nova Iorque no ano de 1964.
Saber sambar é uma arte e um esporte
O meu pai Olavo de Oliveira, um apaixonado pelo futebol e também pelo samba, foi o fundador da Escola de Samba Almirante nos anos 50. A escola era formada por jovens moradores do Bairro da Moóca, todos esportistas.
Dele herdei essas duas paixões, o esporte e a música. Comecei como passista em várias escolas (o garotinho da foto que ilustra este post não sou eu, mas se parece comigo quando tinha essa idade) até ser convidado pelo “Pé Rachado”, fundador e presidente da Barroca da Zona Sul (que também era amigo do meu pai), para desfilar em sua escola. E lá fui eu, dos 14 aos 17 anos, até ser convidado pelo presidente da Imperador do Ipiranga, Laerte Toporcov (ex-deputado, atualmente colunista do Jornal Gazeta do Ipiranga) e pela carnavalesca Maria Aparecida Urbano (minha professora de arte no ginásio do Colégio Cardeal Motta, no bairro do Ipiranga em São Paulo), para ser “mestre-sala”. Aos dezoito anos estreava na passarela do samba. Dessa época, guardo o carinho e respeito que as pessoas da escola tem por essa figura do “mestre-sala” e da “porta-bandeira”. São eles que carregam na avenida a bandeira da escola: - com galhardia, enaltecendo as raízes da cultura de um povo, assim como um “beija-flor” que antes de colher o néctar, circunda por várias vezes a flor, como que a pedir licença para se deleitar de prazer com o seu mel.
Os anos se passaram e o estandarte segue em frente. Hoje minha filha Gisa Oliveira se tornou uma expert em samba e é apresentadora do Programa Comunidades. Faça uma visita ao seu blog e fique por dentro do que acontece no mundo do samba. É só acessar http://programacomunidades.blogspot.com/
Da comparação com o esporte, para sambar é preciso condicionamento físico. Monitorados pela equipe do professor Turíbio de Barros Leite, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), durante o tempo de desfile de sessenta minutos e, cada ala leva para percorrer os 800 metros da passarela do samba de vinte a vinte e dois minutos onde são gastos em média 400 calorias.
Wanderlei Oliveira
No último dia 2 de dezembro foi comemorado o Dia Nacional do Samba, muitos cobraram um post no blog, mas como tudo tem a sua hora, aqui vai. O poeta Dorival Caymmi, autor da canção "Samba da minha terra": - "Quem não gosta de Samba, bom sujeito não é, é ruim da cabeça ou doente do pé", com essa letra marcou o início da carreira que foi lançada pelo Bando da Lua em sua visita ao Brasil em 1940. "O Samba de Minha Terra" foi regravado por João Gilberto em seu elepê de 1961 e apresentado ao vivo no Carnegui Hall, em Nova Iorque no ano de 1964.
Saber sambar é uma arte e um esporte
O meu pai Olavo de Oliveira, um apaixonado pelo futebol e também pelo samba, foi o fundador da Escola de Samba Almirante nos anos 50. A escola era formada por jovens moradores do Bairro da Moóca, todos esportistas.
Dele herdei essas duas paixões, o esporte e a música. Comecei como passista em várias escolas (o garotinho da foto que ilustra este post não sou eu, mas se parece comigo quando tinha essa idade) até ser convidado pelo “Pé Rachado”, fundador e presidente da Barroca da Zona Sul (que também era amigo do meu pai), para desfilar em sua escola. E lá fui eu, dos 14 aos 17 anos, até ser convidado pelo presidente da Imperador do Ipiranga, Laerte Toporcov (ex-deputado, atualmente colunista do Jornal Gazeta do Ipiranga) e pela carnavalesca Maria Aparecida Urbano (minha professora de arte no ginásio do Colégio Cardeal Motta, no bairro do Ipiranga em São Paulo), para ser “mestre-sala”. Aos dezoito anos estreava na passarela do samba. Dessa época, guardo o carinho e respeito que as pessoas da escola tem por essa figura do “mestre-sala” e da “porta-bandeira”. São eles que carregam na avenida a bandeira da escola: - com galhardia, enaltecendo as raízes da cultura de um povo, assim como um “beija-flor” que antes de colher o néctar, circunda por várias vezes a flor, como que a pedir licença para se deleitar de prazer com o seu mel.
Os anos se passaram e o estandarte segue em frente. Hoje minha filha Gisa Oliveira se tornou uma expert em samba e é apresentadora do Programa Comunidades. Faça uma visita ao seu blog e fique por dentro do que acontece no mundo do samba. É só acessar http://programacomunidades.blogspot.com/
Da comparação com o esporte, para sambar é preciso condicionamento físico. Monitorados pela equipe do professor Turíbio de Barros Leite, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), durante o tempo de desfile de sessenta minutos e, cada ala leva para percorrer os 800 metros da passarela do samba de vinte a vinte e dois minutos onde são gastos em média 400 calorias.
Wanderlei Oliveira
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