Entoando o grito “Eu sou Mocidade” ontem a noite aconteceu mais um ensaio na Escola de Samba Mocidade Alegre, no Bairro do Limão em São Paulo. No discurso de abertura a presidente Solange Cruz Bichara Resende disse que trocar de camisa todos podem, mais trocar o coração, isso não. Essa foi apenas uma das várias manifestações de amor a Escola demonstrada por ela e pelos vários integrantes que sambavam na quadra e faziam os últimos acertos com as fantasias. O enredo deste ano será: “Bem-vindo a São Paulo, sabe por quê? Porque São Paulo é tudo de bom! Um dos compositores do belíssimo samba-enredo é o Biro-Biro, que também é o chefe da nossa ala, a dos roqueiros. O enredo é de autoria de Sidnei França e o carnavalesco é o Zilkson Reis.
O primeiro contato que tive com a escola foi em 1971 quando ela foi campeã do primeiro grupo, hoje grupo especial. Eu e minha família estávamos assistindo o desfile na arquibancada, quando a Mocidade Alegre entrou na passarela, nos contagiou pela empolgação de todos os integrantes. Falei para o meu pai: um dia vou desfilar nessa escola. Coincidência ou não, o enredo que rendeu este título foi “São Paulo e seus carnavais”. A escola voltaria a ser campeão em 1972, 1973 e 1980. O quinto título em 2004 também falava de São Paulo "Do Além-mar à Terra da Garoa, Salve Esta Terra Boa", em homenagem aos 450 anos de São Paulo. Neste enredo, a Mocidade lembrou os imigrantes que vieram para a cidade. Já o enredo deste ano mostra uma São Paulo futurista, terra de oportunidades, multicultural. Uma gastronomia rica de sabores e a diversidade formada pelas várias tribos.
No ano passado a Mocidade Alegre foi eleita à campeã do Carnaval, com 200 pontos no total (nota máxima), àfrente apenas meio ponto da X-9 Paulistana e do Império de Casa Verde, que conquistaram 199,5 pontos cada.
A morada do samba
O Grêmio Recreativo Cultural Escola de Samba Mocidade Alegre foi criado no final da década de 40 pelos irmãos Carlos, Salvador e Juarez da Cruz, que tinham saído da cidade de Campos, no Rio de Janeiro.
Nos anos 50, desfilava como bloco com o estranho nome de "Blocos das Primeiras Mariposas Recuperadas do Bom Retiro", o curioso - somente os homens que desfilavam, as mulheres ficavam de fora.
Na década de 60, os fundadores mudaram o nome do bloco para Mocidade Alegre, em homenagem ao Bloco Carnavalesco Mocidade Louca, de Campos. Em 1963, as mulheres passaram a participar das apresentações.
Em 24 de setembro de 1967 se transformaria no Grêmio Recreativo Mocidade Alegre, e Juarez da Cruz, foi eleito o primeiro presidente.
As cores oficiais são o verde, o vermelho e branco.
A Mocidade foi a primeira escola paulistana a introduzir destaques sobre os carros alegóricos, adereços de mão e alas coreografadas. A escola também teve a honra de ser a 1º Escola de Samba a ser convidada pelo Ministério da Cultura a representar a Cultura da Raiz Paulistana na Europa.
Ainda hoje, a escola é comandada pela Família Cruz. Solange Cruz Bichara Rezende é a atual presidente. Um show à parte fica por conta da bateria nota 10 do Mestre Sombra que é marido da Solange e da rainha da bateria Nani Moreira.
Também conhecida como “A Morada do Samba”, a Escola de Samba da Mocidade Alegre fica na Avenida Casa Verde, 3498 no Bairro do Limão.
Particularmente gosto muito do refrão do samba hino que diz: “la vem ela, pra deslumbrar a passarela, Mocidade Alegre é a escola do meu coração” ·Se você quiser “cair no samba” esta feito o convite.
5h58 da manhã. Vigésimo primeiro dia de janeiro de 2008. Apesar de ter dormido tarde depois do ensaio na Mocidade Alegre, não cheguei atrasado no treino, não atravessei na pista de atletismo, não saí do ritmo nos tiros de 800 metros – todo o treino foi realizado em perfeita “harmonia”. Como bom mestre-sala que fui, até merecia uma nota 10 no Circuit-Training.
Até agora são 227 quilômetros nos vinte e um primeiros dias do ano. A média esta em 10,8 quilômetros por dia.
Wanderlei de Oliveira
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