A maioria das pessoas pensa que para fazer o teste dos 3.000 metros é preciso estar em forma.
Ao contrário. O teste serve para colocá-lo em forma. Através dos resultados apresentados a cada avaliação, podemos dar seqüência aos treinos. O ápice do condicionamento físico só é possível em determinadas fases conforme a periodização dos treinos. No nosso caso o primeiro pico será no mês de abril e o segundo em setembro, período das principais competições na América do Sul e Europa. O tempo em si nos testes é um mero detalhe! O que importa para o técnico é observar o comportamento do atleta durante o teste.
Como ele inicia a corrida? Forte, fraco.
Qual sua reação quando é ultrapassado? Aumenta, diminui.
O que passa pela cabeça no meio do teste? Acelerar, desistir.
Como reage seu corpo? Bate o pé, flutua.
Qual sua atitude ao cruzar a linha de chegada? Chora, vibra.
O texto a seguir foi postado no blog http://niltonmaia.blogspot.com/.
O autor é o Nilton Maia, 32, corredor que busca o sentido da vida.
"Tudo que se move parte do zero.
O mais rápido ... parte do zero
O mais lento ... parte do zero
Qual a diferença de um para o outro?
O final.
Qual a importância de saber isso?
Todos nós somos iguais no começo.
Temos infinitos caminhos a percorrer.
Uns chegam mais rápido,
outros podem demorar um pouco ou muito,
mas não impede que cheguem ao mesmo lugar.
Existe o outro lado.
Qual a importância de chegar antes,
se não se sabe o que fazer depois?
A velocidade nem sempre é a maneira mais rápida
de se chegar a algum lugar,
mais sim, a consciência de como vai chegar e continuar..."
6h15 da manhã. Décimo sétimo dia de janeiro de 2008. Parque do Ibirapuera, São Paulo. Rodagem confortável no gramado, para desintoxicar os músculos devido ao teste no dia anterior. Esse foi o assunto principal durante os 15 quilômetros. Estamos com 185 quilômetros nos dezessete primeiros dias do ano. A média está em 10,8 quilômetros por dia.
quinta-feira, 17 de janeiro de 2008
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Um comentário:
É uma honra, ter um pensamento ilustrando um comentário sobre o teste do 3000m, pelo mestre, treinador, professor e amigo Wanderlei de Oliveira. Esse texto nasceu de uma semente plantada no 1º dia do meu treinamento, na Run For Life e foi semeada com dedicação, cultivada com amor, regada de aprendizados, crescendo a cada dia e debaixo de sol, frio e chuva começou a florescer. Mesmo diante as tempestades, não se deixou levar e aqui estou, pronto para aprender cada dia mais, buscado melhorar sempre, independente do tempo necessário, mas nunca esquecendo de compartilhar com todos aqueles que me auxiliaram e aqueles que estão chegando agora, porque todos me ensinaram e continuam ensinando muitas coisas, pois como a Profº. Mônica Peralta diz, “somos todos professores”.
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