segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Deus ajuda quem cedo madruga


Para o filósofo Lúcio Sêneca o bom uso do tempo é a chave da felicidade. Político e conselheiro do imperador Nero, Sêneca nasceu em Córdoba, na Espanha, em 4 a.C, e morreu em Roma em 65 d.C. Outro pensamento do sábio filósofo era: “quem persevera sempre alcança”. Compartilho dessa filosofia e a coloco em prática.

4 horas de manhã. Ouço o barulho da chuva batendo na janela do quarto. Antes de o galo cantar pela segunda vez, levanto. Faço a seqüência do “Súrya Namaskára”, saudação ao Sol e o Zazen (meditação). Às 5 horas tomo o suco antioxidante, que eu mesmo preparo na hora, e a vitamina energética. Um breve descanso após o desjejum. Pronto. Saio para correr.
Em 1966 iniciei na prática do atletismo por incentivo de meu pai. Mas foi somente em 1980 que comecei com essa rotina diária, que dura até hoje.

6h14 da manhã. Terceiro dia de agosto de 2008. Domingo chuvoso, façamos um brinde à natureza, pois há mais de trinta dias não éramos abençoados pela água. Parque do Estado de São Paulo. Uma corrida zen entre as palmeiras reais, pau-brasil, palmitos nativos, jacus, marrecos e vários pássaros que habitam o Jardim Botânico. Completamos 2.357 quilômetros, duzentos e trinta e oito dias (desde o primeiro dia de janeiro deste ano). A média está em 9,9 quilômetros por dia. O acumulado desde 1966 esta em 74.422 quilômetros. Uma volta ao redor da Terra tem 39,840 quilômetros pela linha do Equador.

Wanderlei de Oliveira

Foto: Fernanda Paradizo (minutos antes da largada do Ironman de Florianópolis 2001)

2 comentários:

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Hoje acordei às 4:30, preparei-me e fui para o Ibirapuera.
Cheguei lá às 5:25, o portão do estacionamento ainda estava fechado.
Escuro, silêncio e o corpo dormindo. Bate aquela vontade de voltar e veio no meu pensamento: "Deus ajuda quem cedo madruga".
Fiz um bom alongamento pra acordar e segui para o parque para fazer os 10km.
Não me arrependi. Nunca corri envolvido por um silêncio tão grande. Quando percebi isso, caiu a ficha do que o Wanderlei chama de corrida Zen.
Então comecei a "brincar". Observava respiração e olhava a frequência cardíaca. Fui mudando ela até achar um maneira que não estava me deixando cansado. Depois me concentrei nos movimentos, principalmente na pisada e fui "sentindo" o esforço dos tendões, músculos e tentando achar um equilíbrio já que eles não trabalham separados.
Ia cada vez ficando mais feliz por estar controlando a "máquina". Que sensação! Espero prová-la mais vezes e depois de tantas tempestades na minha vida, Deus ejuda quem cedo madruga.