terça-feira, 29 de julho de 2008

Autoconfiança


A atleta russa Yelena Isinbayeva na coletiva de imprensa que antecedeu a competição de atletismo no principado de Mônaco demonstrava tranqüilidade e confiança na superação de um novo recorde mundial para o salto com vara. Ela disse que estava em ótima forma física e que, por morar em Mônaco, tinha a responsabilidade de ter uma boa performance.

“Eu estou preparada para fazer o meu melhor aqui”, afirmou e confirmou saltando 5m04 nesta terça-feira. Mais uma para sua coleção que já soma 23 vezes. Seu sonho é superar o ucraniano Sergey Bubka, que por 35 vezes superou o recorde do mundo, que permanece até hoje, com 6m14, em 1994, ao ar livre, e 6m15, em 1993, em circuito fechado, sem vento.

A elevação do sarrafo já estava programada em sua mente. Ela comentou que iniciaria com 4m70, depois passaria para 4m85 e, a seguir, para 4m95. Depois, o recorde: 5m04.

O que Ysinbayeva e Bubka têm em comum? O mesmo técnico: Vitaly Petrov, responsável pelo sucesso de ambos.

É mais uma prova de que, com o trabalho de um profissional competente, sério, é possível vencer novos desafios.

Wanderlei de Oliveira

Foto: Sergei Bubka, Vitaly Petrov, Yelena Isinbayeva, Fabiana Murer e Fábio Gomes da Silva (Por Élson Miranda de Souza, técnico dos brasileiros)

Objetivo, prática e entusiasmo conduzem à vitória


Acompanho o belíssimo trabalho da Monja Coen há muitos anos. Cada encontro, um reencontro. Parece que somos amigos de longas datas. No dia 13 de janeiro de 2008, a Patrícia Rodrigues Vismara, o Nilton Maia e eu fomos até a Comunidade Zen Budista Zendo Brasil, ao lado do Estádio do Pacaembu, interessados em conhecer o Zazen. Antes de iniciarmos a prática, um de seus discípulos pacientemente explicou a todos como proceder antes de entrar no Templo Tenzuizenji. As posições das mãos. Como entrar. Em qual dos lados da porta de acesso ao Templo entrar. Como andar. Onde sentar. Como sentar. Que roupa usar. Como respirar. E, depois de tudo isso, ficar quieto. Não que todos já estivessem falando. Entramos quietos e saímos calados. O Zazen é isso. Relaxar na postura sentada com as pernas cruzadas, de frente para a parede. Respirar pausadamente. Alinhar a postura. As mãos pousadas uma sobre a outra confortavelmente abaixo do umbigo, formando um círculo com os polegares. Esta é a posição do mudra cósmico. Vinte minutos em silêncio, fazendo uma contagem mental da respiração. Após, calmamente nos levantamos e iniciamos a “Caminhada Zen”, criada pela Monja Coen. A cada passada uma respiração. Caminhamos em fila indiana, formando um círculo, até retornarmos ao ponto de partida. Mais dez minutos de Zazen. Isso é meditar. Silenciosamente, a Monja Coen passa por nós e se senta à nossa frente. Observa cada um que está no Templo. Sorrindo, saúda a todos. No dia 14 de janeiro ela completou 25 anos que se tornou Monja. Em 1983 morava em Los Angeles, nos Estados Unidos. Ela esclareceu uma dúvida freqüente sobre o Zen. “Ser Zen não é estar à toa, sem fazer nada. Ser Zen é estar presente. Ativo. Participativo. “Compromissado”. Ela também comparou a prática do Zazen com o treinamento de um maratonista. “Exige disciplina diária, paciência, persistência. Quando vem o cansaço no quilômetro 30, temos que tirar uma força extra de dentro e seguir em frente. Até a linha de chegada. Ter um objetivo definido – é essa força que faz com que você não pare no meio do caminho. O objetivo, a prática, o entusiasmo conduzem à vitória.” Prontos para irmos embora, sorridente como sempre, a Monja Coen nos chamou e nos ofereceu algumas mensagens escritas em japonês de bênção e proteção. Disse também que se lembra de mim freqüentemente. Em 2006, a Patrícia, que tem como hobby artesanato em madeira e biscuit, me usou como modelo e fez uma lembrancinha oferecida aos amigos em meu aniversário. A Monja guardou. Quanta honra!

Wanderlei de Oliveira

Foto: A triatleta Mariana Ohata, representante do Brasil nos Jogos Olímpicos

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Queniana e Etíope vencem a meia de Nova York

A queniana Catherine Ndereba comprovou o bom momento e venceu a Meia Maratona de Nova York, disputada neste domingo. A atual campeã olímpica completou o percurso em 1h10min19s.

Ndereba superou por 7 segundos a mexicana Madai Perez, que terminou na segunda posição. A japonesa Yuri Kano completou o pódio, com 1h10min31s. Apesar do triunfo, Ndereba evitou o discurso de favoritismo para Pequim.

"Às vezes, eu posso ganhar e posso perder. Eu sempre procuro manter uma atitude positiva, mas não posso prever nada", disse.

Masculino
Na prova masculina, a vitória foi do etíope Tadesse Tola, de apenas 20 anos, que cravou o tempo de 1h00hmin58s, superando na reta final o queniano Patrick Makau. "Foi uma grande corrida e a corrida me mostrou que posso ter um bom futuro", explicou Tola.


Marílson chega em quarto na meia da Colômbia
Na reta final da preparação para os Jogos Olímpicos de Pequim, o brasileiro Marílson dos Santos fez sua última prova antes da disputa da maratona, que será realizada no dia 23 de agosto, em Pequim.
Correndo a Meia Maratona de Bogotá, na Colômbia, o brasiliense foi o quarto colocado, em uma competição marcada pelo bom resultado dos quenianos, que ocuparam os três lugares do pódio tanto no masculino quanto no feminino.

O líder na meia em 2008 é Haile Gebrselassie, da Etiópia, com 59min15s, feitos em março, em Portugal. O recorde é de 2007, com Samuel Kamau Wanjiru (58min33s). Em abril, Marílson fez a prova em 1h02min57s, correndo em Santo André. Ele é o atual recordista sul-americano, com a marca de 59min33s, de 2007.
Nota: Marilson apenas cumpriu o protocolo ao chegar em quarto lugar. Nós, corredores que acompanhamos a trajetória de Marilson, sabemos que quando for pra valer ele vai dar o máximo. Em Bogotá não era a hora. Pequim será uma caixa de surpresas para a maratona. Os brasileiros podem se dar muito bem lá, já que estará quente e seco. Exatamente o clima de Brasília, onde nasceu Marilson.
Foto e informações das agências internacionais para o UOL
Arnaldo de Sousa, jornalista e corredor

quinta-feira, 24 de julho de 2008

A Vida é passageira, ligeira


Viva Zen, reflexões sobre o instante e o caminho (Publifolha 2004) é o primeiro livro da Monja Coen. Viver Zen ensina a mestra, “não é só ficar bem”. É um modo de começar a mudar, de recontar a história aproveitando cada instante.
“Mudar o mundo ternamente requer viver zen”. Monja Coen Sensei é missionária oficial da tradição Soto Shu Zen-budismo, com sede no Japão, e é a Primaz-Fundadora da Comunidade Zen-budista, criada em 2001, com sede no Pacaembu, bairro de São Paulo.

Ofereço este texto extraído do livro Viva Zen à todos que buscam a evolução física e espiritual.
“Um viajante solitário caminhava por entre as curvas de uma trilha nas montanhas quando ouviu um som estranho às suas costas. Virou-se. Um tigre feroz corria em sua direção. O viajante disparou numa corrida sem saber para onde ia. Parou em um precipício pensando que ali terminaria sua vida.

Oh! Graças. Havia um cipó. Pendurou-se no meio do abismo, escapando da boca do tigre. Logo notou que as mãos eram fracas e não suportariam por muito tempo o peso de seu corpo. Olhou para baixo: havia uma enorme cobra esticando a língua. Tentou encontrar apoio na rocha para se escorar. Havia quatro serpentes menores. Tremendo e assustado, olhou para cima: dois ratos, um branco e outro preto roíam o cipó no qual se prendia.
Tremia o viajante, tremia e tremia. Foi nesse instante que, de uma colméia a cerca de dois metros acima, caiu uma gota de mel em sua boca entreaberta. Esqueceu-se de tudo, do perigo, da morte. Ficou embriagado por uma gotinha de sorte:

Ah! Como é doce.

Esse é um conto budista da Índia antiga. Explica que o viajante é o ser humano. A trilha na montanha é a vida. Vamos caminhando despreocupados. No entanto, persegue-nos um tigre esfomeado.

O tigre é o carma, lei inexorável de causa e efeito, de ações, condições e resultados...O que nós fizemos, mesmo lá no passado, nos persegue e pode nos devorar...Não apenas cada um de nós, mas há o que se chama de carma coletivo.

Buda recomendava aos monges que meditassem para se livrar do apego aos sentidos. A vida é passageira, ligeira. Não percam tempo, despertem. Sem fugir do carma, consertem, que jeito ainda tem. Arrependam-se e acertem-se. Compreendendo, ouvindo e respeitando as pessoas.

Cada um de nós tem de refazer o voto de ser todo o bem. Crie um tigre manso, brincalhão, que se joga no chão com as patas para cima pedindo apenas um afago.

Wanderlei de Oliveira
Foto: Fernanda Paradizo

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Powell bate Bolt e deixa 1 a 1 em Estocolmo



ESTOCOLMO (Reuters) - O jamaicano Asafa Powell se aproveitou de um bom início de prova para bater o compatriota e recordista mundial Usain Bolt nos 100 metros rasos no meeting de Estocolmo, na Suécia, nesta terça-feira.

Bolt, que tirou o recorde de Powell este ano ao cravar 9,72 segundos, quase alcançou o rival no final da corrida e terminou apenas 0,01 atrás de Powell, que marcou 9,88 segundos.

O restante dos competidores foi ofuscado pelos dois homens, que, junto com o norte-americano Tyson Gay, se preparam para a batalha em busca da medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Pequim no mês que vem.

"Algumas semanas atrás só falavam de Usain e eu estava gostando de estar em segundo plano. Não queria causar muita atenção mas causei....mostrei ao mundo hoje que Asafa Powell ainda está aqui", disse um sorridente Powell aos repórteres.

"Foi muito importante ganhar confiança ao derrotá-lo hoje. Ele tem o recorde mundial, mas eu já atingi 9,74."

"Foi uma ótima prova e estou muito feliz. Se eu tivesse perdido hoje (para Bolt), ainda estaria feliz porque é minha primeira prova desde que voltei de contusão", acrescentou o jamaicano.
Ele não enfrentará Bolt no Grande Prêmio de Londres na sexta-feira, mas deve encarar Gay.
Comentário RFL: Olha só como será competitiva a prova dos 100 metros rasos nas Olimpíadas de Pequim. Apesar do tempo fenomenal de Bolt no record mundial: 9,72seg, a corrida não está no papo. Só nessa foto acima, vemos dois jamaicanos. Na classificação geral dos 100 metros em Estocolmo, outro dois jamaicanos apareceram entre terceiro e quarto lugares, são Nesta Carter, com 9s98, e Michael Frater, com 10s04. Tyson Gay (EUA) correrá por fora desta trupe. Será que vai haver desempate?

Texto: Agência Reuters
Foto: IAAF
Arnaldo de Sousa, jornalista e corredor

terça-feira, 22 de julho de 2008

O prazer de viver




Na entrevista do maître maratonista Oswaldo Silveira concedida ao programa “Ciranda da Vida” onde a entrevistadora, uma psicóloga lhe perguntou qual sua fonte de inspiração? Sem titubear o senhor Oswaldo respondeu “o prazer de viver”, “ter perspectiva de vida” e “viver com qualidade”, “servir ao próximo”.

Sábias palavras desse filósofo que sabe realmente viver a vida, que em oito participações dos 10 K da Tribuna em Santos, considerada a prova mais rápida do Brasil, foi o vencedor por cinco vezes e chegou na segunda colocação nas outras três.

Uma excelente média para um homem de 78 anos que não se sente satisfeito por ter completado a última edição dos 10 K em 50 minutos. “Podia ter ido melhor se não me atrapalhasse na largada” afirmou ao término da prova. Em novembro de 2007 foi o segundo colocado na Maratona de Nova York com direito a homenagem do Clube de Corredores de Nova York – NYRRC.

Estou melhorando a cada ano
É interessante ouvir isso de um jovem atleta que acaba de completar 20 anos de treinos ininterruptos. A cada dois meses ele participa de competições de 5.000 metros ou do time-trial de 5 K. Em março do ano passado, ele completava a distância em 22min26seg.

Um ano depois no dia 16 de março concluía em 21min39seg e apenas quatro meses após no dia 07 de julho estabelecia em treino seu melhor resultado em 20min59seg. A idade deste jovem, hoje é de 67 anos. Se alguém lhe perguntar qual o seu nome, ele diz: Paulo, por economia. Para os amigos do atletismo é o popular “Dodô”. Seu verdadeiro nome é Valdomiro Paulo Cocato.

Corri bem, mesmo no calor de 42 graus!
Em tempo das festividades dos 100 anos de imigração dos japoneses no Brasil, uma nissei é o símbolo desse povo de garra, determinação, disciplina. A famosa Mítico Nakatani, de 75 anos, campeã do mundo na maratona (42.195 metros), recordista brasileira em várias provas é um exemplo de persistência.

No 14º. Campeonato Brasileiro de Atletismo Máster realizado de 17 a 19 de julho na Vila Olímpica de Manaus, no Amazonas, nem o intenso calor de 42 graus e problemas intestinais a impediram de correr os 10 mil metros em pista para 65 minutos, os 8 quilômetros de cross-country com direito a pular valas e subir morros com o tempo de 43 minutos e para fechar com chave de ouro os 3 quilômetros de marcha atlética em 21 minutos. Em todas as provas ela conquistou a medalha de ouro e o título de Campeã Brasileira Máster.

Esses atletas são exemplos de que com um trabalho sério, planejado, organizado – é possível evoluir sempre com saúde e qualidade de vida.

Wanderlei de Oliveira

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Equipe de atletismo olímpico dos EUA já está definida

Uma experiente equipe de atletismo com sete atuais campeões mundiais e diversos favoritos irá representar os Estados Unidos nos Jogos Olímpicos de Pequim, anunciou a Federação Norte-Americana de Atletismo (USATF) na segunda-feira.

O time de 126 membros inclui os vencedores da medalha de ouro em Atenas Jeremy Wariner (400 metros) e Shawn Crawford (200 metros), os bicampeões mundiais Tyson Gay e Bernard Lagat, as campeãs mundiais Wariner, Allyson Felix (200 metros feminino), Brad Walker (salto com vara), Reese Hoffa (arremesso de peso) e Kerron Clement (400 metros com barreiras).

Coletivamente, a equipe tem 15 medalhistas olímpicos, 31 medalhistas de campeonatos mundiais e 10 recordistas norte-americanos. Breaux Greer (lançamento de dardos) também foi convocado.

O presidente da USATF, Bill Roe, classificou a equipe como uma das melhores dos EUA.
"Esta equipe olímpica é uma das mais fortes de todos os tempos, com mais experiência em ganho de medalhas em várias competições do que já tivemos em décadas", disse Roe em nota.

'Embora seja necessário um desempenho incrível para alcançar o número de medalhas em campeonatos recentes, nós sinceramente achamos que esta equipe tem o que é preciso para superar os números de medalhas que já conseguimos.'

Os EUA ganharam 25 medalhas em atletismo nos Jogos de Atenas, em 2004, oito delas de ouro. O país conseguiu 26 medalhas no Campeonato Mundial de atletismo de 2007, incluindo 14 de ouro.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Acabe com a depressão... Correndo!




O estresse diário tem levado cada vez mais pessoas ao estado clínico de depressão (abatimento, tristeza, melancolia) e conseqüentemente a ingerirem grandes quantidades de antidepressivos que acabam afetando outros órgãos do corpo causando novas doenças.

Pesquisas apresentadas na 55a. edição do American College Sport of Medicine (Colégio Americano de Medicina Esportiva) realizada em Indianápolis, Indiana nos Estados Unidos de 28 a 31 de maio deste ano, demonstraram que a corrida pode acabar com a depressão.
Os cientistas acompanharam vários grupos, os que tomavam remédio e os que praticavam exercícios aeróbios (corrida) cinco vezes por semana com intensidades de média a forte. Os resultados apresentados demonstraram que o grupo de corredores se recuperaram mais rápido e ao final do estudo se sentiam com mais energia, entusiasmo e nova perspectiva de vida.

Mas cuidado! Não vai sair por aí correndo feito um louco. Procure o seu médico, faça uma bateria de exames laboratoriais, ortopédico, dentário, oftalmológico e principalmente o teste ergométrico para saber como seu coração reage ao esforço físico. Com os exames na mão e o atestado médico comprovando que esta apto para a pratica esportiva, vá a um Clube de Corredores ou Federação de Atletismo de sua cidade e peça a indicação de um profissional com experiência comprovada em orientar praticantes de corrida de rua.

A corrida é um santo remédio!
Wanderlei de Oliveira
Foto: Fernanda Paradizo

terça-feira, 8 de julho de 2008

TEMPO RUN - 5 K




Método moderno de treinamento, onde se estabelece a distância a ser percorrida e os tempos de passagens por quilometro. Exemplo: 5 K de forma contínua (sem paradas).
É um excelente treino para se trabalhar com monitor cardíaco como auxílio no controle da freqüência cardíaca e ritmo de corrida.

CORRA COM O RELÓGIO NAS PERNAS
Esta expressão do famoso técnico português, Mário Moniz Pereira (técnico de Carlos Lopes, campeão e recordista olímpico com 2h09min e Fernando Mamede, ex-recordista mundial dos 10.000 metros), simboliza bem o sentido exato de se ter a noção do ritmo que se pretende desenvolver em uma prova.

AVALIE SEU CONDICIONAMENTO FÍSICO
O melhor indicativo de sua atual condição física: - sempre será o seu desempenho nos treinos.
Observe o seu comportamento no TEMPO RUN de 5 K.
· Os primeiros 2.5 K tem que ser igual ou mais rápido (no máximo 30 segundos) em relação a segunda metade.
· Se você iniciar muito rápido, corre o risco de parar nos próximos quilômetros.
· Caso esteja correndo mais rápido em treino (tempo real) do que nas provas, é sinal de que esta fazendo algo errado (verifique o tempo estipulado e consulte seu técnico).

Conduza o seu treino com inteligência caso esteja correndo em temperaturas altas e umidade relativa do ar superior a 80%, fatores determinantes para uma possível queda no rendimento.

Wanderlei de Oliveira
Foto: Fernanda Paradizo
Na foto: Marilson Gomes dos Santos, campeão dos 10.000 metros

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Pratique a corrida com segurança




A corrida de rua é uma das modalidades do atletismo que mais cresce no mundo, e não é por ser qualificada como tal que tem que ser praticada somente na rua.

Todo e qualquer esporte deve ser praticado com segurança para que traga benefícios para a saúde do praticante.

Atualmente, no mundo existe milhões de corredores que participam das provas pedestres nas mais variadas distâncias, diversas associações de corredores, e empresas de organização de eventos esportivos que reúne em muitas das competições, um público de até 100 mil corredores, como é o caso de uma prova de 12 K realizada anualmente em São Francisco, nos Estados Unidos.

Agora que esta chegando a corrida mais popular de nosso país, é comum vermos pelas ruas (literalmente na rua) vários corredores desafiando o espaço com os carros, ônibus e motos.

O corredor é um alvo fácil para os motoristas, que as vezes nem sequer percebe ao seu lado uma moto, ou ciclista, que dirá um pedestre desprotegido.

Seguindo os conselhos da engenharia de tráfico, as vias públicas são destinadas para veículos automotores (extremamente correto) e, os pedestres quando tem a necessidade de cruzar estas vias, devem se utilizar das faixas exclusivas para pedestres (evitando possíveis atropelamentos).


Hoje em São Paulo, morrem mais de 10 pessoas atropeladas por dia (você não quer fazer parte desta estatística), procure correr em locais que ofereçam segurança: como parques, centros esportivos, à beira mar (desde que a praia seja plana e não inclinada para evitar lesões nos joelhos e coluna).

Para se tornar um excelente corredor de provas pedestres, não é necessário treinar todos os dias nas ruas, vejam por exemplo o queniano Paul Tergat, ex-recordista mundial da maratona e pentacampeão da São Silvestre (1995, 1996, 1998, 1999 e 2000), a maioria de seus treinos são realizados em trilhas na floresta e pista de atletismo (os treinos específicos de velocidade), em rua sua participação se restringe somente as competições.

Outro exemplo é o mexicano naturalizado americano e bi-campeão da São Silvestre Arturo Barrios (1990 e 1991), que mora e treina em Bolder no Colorado, uma região montanhosa que favorece na preparação de atletas de longa distância. Arturo Barrios era um especialista em corridas de rua, que se tornou recordista mundial dos 10 mil metros em pista, com o tempo de 27min08, média de 2min43 por quilometro.

Siga o exemplo destes campeões, faça da corrida um esporte seguro.

Wanderlei de Oliveira

sábado, 5 de julho de 2008

Tyson Gay (EUA) está fora dos 200m em Pequim





EUGENE, EUA (AFP) — O velocista americano Tyson Gay, campeão mundial dos 100m e 200m, foi eliminado nas quartas-de-final dos 200 metros da seletiva americana para as Olimpíadas de Pequim, ao sentir cãimbras durante a prova disputada neste sábado, em Eugene (Oregon).

Gay, que na semana passada obteve a classificação para os 100 metros, com o impressionante tempo de 9.68 segundos (com forte vento a favor), caiu na eliminatória de hoje e foi retirado da pista com ajuda.

Segundo Mark Wetmort, agente de Gay, o corredor sentiu câimbras mas, ao que parece, não sofreu qualquer problema muscular mais sério.

Gay, de 26 anos, campeão dos 100 e 200 metros no Mundial de Atletismo do ano passado, ocupava a pista sete da primeira série das quartas-de-final das eliminatórias.

O corredor largou bem, mas após algumas passadas caiu na pista, para a surpresa dos mais de 20 mil espectadores reunidos no estádio de Eugene.

Outros fortes concorrentes às vagas nos 200 metros, como o campeão olímpico Shawn Crawford, Walter Dix e Wallace Spearmon, passaram sem problemas às semifinais.

Crawford obteve o melhor tempo do dia, com 20.33 segundos.

Nota RFL: Com a eliminação do forte concorrente ao ouro olímpico nos 200 metros, quem vai nadar de braçada é o jamaicano Usain Bolt, recordista na modalidade. Gay terá de suar para "roubar" o ouro de Bolt nos 100 metros, pois lhe resta esta única oportunidade agora.

Texto e foto: Agência AFP
Arnaldo de Sousa, jornalista e corredor

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Definida equipe olímpica da Jamaica no atletismo



A Jamaica é séria candidata ao ouro olímpico nas modalidades 100 metros rasos, 200 metros rasos e nos 4 x 100 metros. Pelo simples fato de que nos Jogos Olímpicos de Pequim, com abertura prevista para 08/08/2008, os favoritos estarão competindo pelo seu país.

A Jamaica tem melhorado muito no quesito técnico nas provas de velocidade como nos 100 e 200 metros. Os maiores nomes do país são Usain Bolt, atual recordista mundial com o tempo de 9s72 e o ex-recordista Asafa Powel com o tempo de 9s76. Correndo por fora está Michael Frater e Nesta Carter com os tempos de 10s02 e 10s04, respectivamente.

Segundo o técnico da Run For Life, Wanderlei de Oliveira, os jamaicanos evoluíram muito na largada dos 100 metros. “Por ser uma prova curta, a largada é muito importante. Você pode observar que o Usain Bolt e o Asafa Powel largam mais em pé em relação aos outros competidores. Enquanto os outros, em fração de segundos, ainda estão levantando, os jamaicanos já estão correndo. Isso faz a diferença em milésimos de segundos”, reforça Oliveira.

A Jamaica, no masculino, vai utilizar sua força máxima nas três provas mais importantes do atletismo mundial e, por isso, tem grandes chances do tão almejado ouro olímpico. Usain Bolt irá participar nos 100 e 200 metros. Asafa Powel nos 100 metros e os dois estarão na equipe de revezamento 4 x 100 metros. Vão ser finais históricas.
Nota RFL:
De acordo com o assessor de imprensa da Confederação Brasileira de Atletismo (CBat) Benê Turco, a equipe brasileira de atletismo será anunciada no dia 20 de julho. Apenas na Maratona (Frank Caldeira, José Telles e Marilson dos Santos) na Marcha Atlética (Mario José dos Santos Jr.), estão definidos. Salto com vara, salto em distância e salto triplo também já estão definidos alguns nomes respectivos como Fabiana Murer, Maurren Maggi e Jadel Gregório.

Conheça a equipe masculina do atletimo da Jamaica
Usain Bolt (100m, 200m, 4×100m)
Asafa Powell (100m, 4×100m)
Michael Frater (100m, 4×100m)
Marvin Anderson (200m, 4×100m)
Dwight Thomas (4×100m)
Julien Dunkley (4×100m)
Andre Wellington (4×100m)
Christopher Williams (200m)
Nesta Carter (200m alternate, 4×100m)
Michael Blackwood (400m, 4×400m)
Ricardo Chambers (400m, 4×400m)
Sanjay Ayre (400m, 4×400m)
Allodin Fothergill (4×400m)
Marvin Essor (4×400m)
Lansford Spence (4×400m)
Maurice Wignall (110mH)
Richard Phillips (110mH)
Danny McFarlane (400mH)
Markino Buckley (400mH)
Adrian Findlay (400mH alternate)
Isa Phiilips (400mH),
Herbert McGregor (Salto Triplo)
Dorian Scott (shot put)
Aldwyne Sappleton (800m).
Arnaldo de Sousa, jornalista e corredor
Foto: IAAF