sexta-feira, 30 de maio de 2008

Brasil e Quênia se revezaram na vitória da Maratona de São Paulo



A Maratona de São Paulo tem sido uma prova de fogo para brasileiros e quenianos na elite dos competidores. Entre os homens, em 13 provas anteriores, o Brasil ganhou 6 edições e Quênia se consagrou em outras 6 edições. Marrocos venceu um única vez em 1996, na segunda oportunidade do evento. Quem será o vencedor da XIV edição desta desafiadora competição?

Entre as mulheres, a superioridade é das brasileiras que venceram 9 de 13 etapas. As quenianas foram vitoriosas em apenas 3 etapas. E na primeira edição a vencedora foi uma russa.

No ano passado a dobradinha foi dos atletas do Quênia com Reuben Chepkwek no masculino com 2h16min05seg e Jacquiline Chebor no feminino com o tempo de 2h40min12seg.

Aliás, o Quênia, fez dobradinha em 2006 com Rotich Solomon (2h15min15seg) e Margaret Karie (2h39min24seg) . Por outro lado, o Brasil, quando venceu pela última vez, fez dobradinha com José Teles (2h19min47seg) e Márcia Narloch com o tempo de 2h40min39seg em 2005.

Percurso desafiador
Analisando a altimetria da maratona, há dois pontos mais difíceis para serem superados na maratona paulista. No km 21, portanto, na meia-maratona, o atleta entrará numa subida longa de 10 km que vai se alterando pouco a pouco.

No km 21, os atletas sairão de 710 metros em relação ao nível do mar, passando para 715 no km 22; depois vão para 720 no km 24; depois para 725 no km 25; e aí, os corredores já estarão usando metade de seu esforço armazenado para entrar numa ladeira que vai parar nos 735 metros até o km 31. A partir daí começa descer até os 700 no km 37 (é bom descer nessa etapa, pois descansa o organismo), mas (mas) vai subir novamente até o final da prova nos 735 metros, já no Parque do Ibirapuera.
O recorde da prova no percurso antigo pertence aos Brasileiros: Vanderlei Cordeiro de Lima com 2h11min19seg e Maria Zeferina Baldaia com 2h36min07seg, ambos em 2002.

Ao que tudo indica, o percurso brasileiro coloca uma dificuldade a mais aos competidores. Resta saber quem vai vencer as estatísticas: Brasil ou Quênia.

Com novo percurso, a 14ª. Maratona Internacional de São Paulo será realizada na manhã deste domingo, com a participação 12 mil atletas, divididos nas corridas de 4,5 km e 10 km, além da prova de 42.195 metros e da caminhada de 4,5 km.

A primeira largada será dada aos cadeirantes, às 8h15, na Avenida Jornalista Roberto Marinho esquina com a Rua Ribeiro do Vale, próximo à Ponte Estaiada, novo cartão postal da cidade, no Brooklin. As categorias masculina e geral sairão às 8h55, 20 minutos depois da elite feminina.

Os campeões masculino e feminino da Maratona de São Paulo:
2007 – Reuben Chepkwek (QUE) 2h16min05s e Jacquiline Chebor (QUE) 2h40min12s
2006 – Rotich Solomon (QUE) 2h15min15s e Margaret Karie (QUE) 2h39min24s
2005 – José Teles (BRA) 2h19min47s e Márcia Narloch (BRA) 2h40min39s
2004 – Frank Caldeira (BRA) 2h17min30seg e Margareth Karie (QUE) 2h40min10seg
2003 – Genilson Junio da Silva (BRA) 02h16min26seg e Maria do Carmo Arruda (BRA) 02h39min12seg
2002 – Vanderlei Cordeiro de Lima (BRA) 02h11min19seg (Recorde masculino) e Maria Zeferina Baldaia (BRA) 02h36min07seg (Recorde feminino)
2001 – Stephen Rugut (QUE) 02h14min30seg e Marizete Rezende (BRA) 02h38min57seg
2000 – David Ngetich (QUE) 02h15min21seg e Márcia Narloch (BRA) 02h40min15seg
1999 – Paul Yego (QUE) 02h15min20seg e Márcia Narloch (BRA) 02h37min20seg
1998 – Diamantino dos Santos (BRA) 02h16min55seg e Viviany de Oliveira (BRA) 02h39’58”
1997 – Kipkemboi Cheruiyot (QUE) 02h17min07seg e Viviany de Oliveira (BRA) 02h42’13”
1996 – Chalam El Maali (MAR) 02h15min21seg e Janete Mayal (BRA) 02h41’40”
1995 – Luiz Antonio dos Santos (BRA) 02h17’11” e Ilyna Nadezhda (RUS) 02h49’33”

Arnaldo de Sousa, jornalista e corredor
Foto: ZDL Comunicações

quinta-feira, 29 de maio de 2008

RFL mantém a tradição e participa da 25ª Maratona gaúcha



Todo gaúcho que se preze, mantém suas tradições. Aquele que for ao Rio Grande do Sul e não participar de uma roda de churrasco com chimarrão, no Centro de Tradições Gaúchas (CTG), na verdade não esteve lá. E para manter a tradição, a Run For Life, equipe de corrida mais antiga de São Paulo, com 28 anos de estrada, esteve presente na 25ª Maratona de Porto Alegre.

A competição foi no último domingo, 25 de maio, em que os atletas Run For Life José Ribeiro Andrade (Juca) e Paulo Fernandes (Paulinho), participaram do desafio dos 42.195 metros na capital mais ao sul do país.

Como curiosidade, Porto Alegre, cuja área tem 496.827 Km2, está localizada junto ao Paralelo 30° sul, circundada por 40 morros e limitada por uma orla fluvial de 72 km. A cidade tem cerca de 1,5 milhão de habitantes.

Voltando à maratona, lá na frente, o vencedor masculino foi o potiguar José Pereira, do Rio Grande do Norte, completando a prova em 2h20min53seg. Entre as mulheres, a gaúcha Rosa Jussara levou o quarto título da Maratona, com o tempo de 2h44min.

“A prova, percurso e organização foram ótimos. Água a cada 3 km e vários postos de gatorade. Eu tinha um tempo de planilha que dizia média de 4:51/km. Eu acabei fazendo uma média de 4:54/km”, explicou Andrade ao relatar sua experiência no Sul. Juca bateu seu recorde pessoal, com doze minutos abaixo do tempo conquistado na Maratona de Paris, concluída em 3h38min. E 29 minutos (quase meia hora) a menos que sua primeira maratona, a de Chicago completada em 3h41minutos.

Porto Alegre tem a fama de ser uma maratona mais seletiva do ponto de vista do número de participantes, pois cerca de 3 mil corredores fazem a largada. Comparada com a maratona de São Paulo, cujo efetivo é de 14 mil maratonistas, é bem pequena.

“A corrida foi muito boa. Consegui manter o ritmo desejado e fiz a primeira meia em 1'43'02. Depois da minha parada no km 9 (para um pipi-stop), perdi um pouco o contato com o Juca, que deve ter aberto uns dois minutos. No km 31 minha esposa, a do Juca e os filhos estavam lá, gritando nosso nome. Isso foi muito bom e estimulante (depois ele dobrou em 1h43:45)”, comentou Paulo Fernandes que já participou da competição dos Pampas em 2006 e cravou o tempo de 3h29min06seg, três minutos acima da atual, mesmo com toda dificuldade e desgaste da prova. O recorde pessoal de Paulinho foi na maratona de Buenos Aires com o tempo de 3h23min.
Para piorar no esforço da prova, em meados de abril, Fernandes havia torcido o tornozelo mas milagrosamente conseguiu recuperar-se a tempo.

Juca fez uma meia um pouco mais rápido em 1h41:32’ (4’49” de média) e a segunda meia para 1h45:15 com 4’59” de média, fazendo seu recorde pessoal.

Fernandes, com sua parada, teve de fazer uma corrida de recuperação para alcançar Juca: “No km 34 voltei a visualizar o Juca. E não é que esse negócio de coelho funciona mesmo? Comecei a apertar e no km 41 cheguei. Se não tivesse esse objetivo, com certeza não teria feito o tempo. E nos últimos 500 metros ele deu um sprint fantástico. Pensei que não teria mais pernas para isso, mas não poderia deixar escapar a chance de chegarmos juntos. E também dei meu sprint final e chegamos no mesmo segundo”, enfatizou um entusiasta Paulinho.

Resultado oficial (corrido no tempo líquido):
José Ribeiro Andrade (Juca): 3h26min47seg (Recorde pessoal)
Paulo Fernandes (Paulinho): 3h26min47seg

Arnaldo de Sousa, jornalista e corredor
Foto: Arquivo pessoal dos corredores

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Maratona de São Paulo recebe 12 quenianos



São Paulo (SP) – O Quênia terá uma equipe com 12 representantes na 14ª. Maratona Internacional de São Paulo, que será disputada na manhã deste domingo, em novo percurso.

A largada, a partir das 8h15, será dada na Avenida Jornalista Roberto Marinho, esquina com Rua Ribeiro do Vale, próximo da Ponte Estaiada, novo cartão postal da cidade. A chegada da maratona e da prova de 10 k será na região do Ibirapuera, enquanto a corrida e caminhada de 4,5 quilômetros terminarão na Avenida Roberto Marinho.

Bicampeões das maratonas masculina e feminina, os quenianos terão um grupo muito forte, com 11 homens e uma mulher: Charles Korir, Rotich Philemon, Joseph Ngetich, Charles Maina, Willy Kimutai, Nahashon Mwaniki, Mutai Kipkemei, Mutai Kiprop, Kenneth Kimaru Tum, Elisha Tanui, Shadrak Tanui e Leah Kipchumba.

Um dos destaques é Willy Kangogo Kimutai, da equipe Athletic Sports. Aos 27 anos, ele tem marcas bastante expressivas como 27min27s nos 10 km e 1h02min42 na meia maratona (21.097m). Outro candidato à vitória é Charles Maina, de 25 anos, que correu a Maratona de Mombasa no ano passado em 2h13min0s.

Em 13 edições da Maratona de São Paulo, os quenianos venceram seis no masculino e três no feminino. Os atuais campeões são Reuben Chepkwek, com o tempo de 2h16min05s, e Jacqueline Chebor, com 2h40min12s.

A entrega dos kits, juntamente com o chip de cronometragem, será feita nesta quinta e nesta sexta-feira das 13 às 21 horas, e no sábado, das 8 às 16 horas, no Ginásio Poliesportivo do Ibirapuera (Abílio Soares, 1;300). Não serão entregues kits no dia da prova.

Run For Life na pista
O valente maratonista José Carlos Romanholi irá participar da Maratona Internacional de São Paulo, além dos amigos maratonistas Egidio Gonçalves e Edson Estáfano, representando a equipe de corredores mais antiga da cidade, a Run For Life. Alguns maratonistas do grupo já participaram desta difícil competição pelas ruas de Sampa.
"É uma das provas mais desafiadoras do mundo na categoria maratonas", comentam os atletas por unanimidade.

Foto: Sérgio Shibuya/ZDL
Texto de João Pedro Nunes da ZDL Comunicações

Arnaldo de Sousa, jornalista e corredor (acrescentou)

Velocidade


O velocista já nasce. Mas com treinamento técnico adequado é possível melhorar a velocidade.Há muito se questiona os limites do ser humano. Como tudo na vida se transforma, evolui. Assim é o homem.

A cada novo recorde mundial ou pessoal, o limite vai sendo empurrado para frente.Na busca pela evolução, não há limite.A cada início de temporada, observo as pessoas nos treinamentos de biomecânica. A grande maioria, sem coordenação motora, sentido de direção, percepção corporal, sem energia para executar os educativos.

Tudo isso é natural para quem nunca se preocupou em fazer um trabalho para melhorar os movimentos do corpo. Quanto mais relaxado for, maior será o rendimento. E conseqüentemente, menos estresse.

Segundo os monges budistas, um corpo flexível pode durar muitos anos.Um modo especial que encontramos para nos auxiliar nessa busca pela melhoria da técnica são os tiros em rampas. O que antes era feito fora das pistas, agora pode ser feito ao lado dela.

Utilizamos a rampa do Centro de Excelência BM&F de Atletismo em São Paulo no Ibirapuera. São 10 metros para tomada de velocidade, 10 metros de inclinação onde trabalhamos ação rápida dos braços e força das pernas; 10 metros plano no topo para soltura, 10 metros em descida com baixa velocidade e mais 10 metros soltando.

Exatamente 50 metros e 45% de inclinação. São exigidos nesse tipo de trabalho, potência, dinâmica, percepção, atenção. Concentração na técnica. Os ganhos são vários: - braços, peitorais, panturrilhas, pernas, glúteos fortes. Além de fortalecer os vários grupos abdominais.

O recorde atual dos 100 metros rasos masculino pertence ao jamaicano Asafa Powell, de 26 anos com o excepcional tempo de 9seg74, estabelecido em 9 de setembro do ano passado em Rieti na Itália.

Federação Paulista de Atletismo

Wanderlei de Oliveira

terça-feira, 27 de maio de 2008

Recorde mundial nos 100 metros será quebrado em Pequim?

Fotos: sites pessoais dos atletas

Há duas corridas nos Jogos Olímpicos que atraem as atenções do mundo inteiro: a charmosa maratona e a velocidade dos 100 metros rasos. São as duas pontas do atletismo oficial, válidos nas competições internacionais.

No Grand Prix de Londres, que será nos dias 25 e 26 de julho, um verdadeiro duelo de gigantes vai acontecer nos 100 metros entre o recordista mundial, jamaicano, Asafa Powel e o norte-americano Tyson Gay que ganhou o título mundial no ano passado.

Powel, segundo a International Association of Athletics Federations (IAAF), conquistou os incríveis 9seg74milésimos nos 100 metros em 2007. Tyson cravou 9seg84milésimos, também no ano passado. Os dois estão em excelente forma e prontos para a batalha olímpica.

Novas caras
Só que para os Jogos Olímpicos de Pequim (Beijing), previsto para iniciar oficialmente no dia 08 de agosto de 2008 (às 8h08), esses dois velocistas não estarão sozinhos. Há alguns personagens figurando a lista dos principais corredores nos 100 metros no site da IAAF.

Outro jamaicano, Usain Bolt cravou 9seg76milésimos nos Grand Prix de Kingston na Jamaica, em maio desse ano e pode ser uma pedra na sapatilha de Powel.
Um pouco mais atrás estão Richard Thompson de Trinidad Tobago com 9seg93milésimos e Travis Padgett dos Estados Unidos com 9seg96milésimos.

Nesse ano, Powel ainda não conseguiu chegar perto de sua marca. Ele marcou 10seg04milésimos em Melborne, Austrália. O recordista está em nono na classificação da IAAF.

Para se ter uma idéia do nível dos super atletas, há três atletas que correram na casa dos 9 segundos e um na casa dos 10.00 cravados, entre os top 10. Se continuar nesse nível, a final dos Jogos Olímpicos será emocionante com no mínimo 5 corredores correndo na casa dos 9 segundos. Para o atletismo a agenda será entre 15 a 24/08. Vale à pena reservar o horário.

Acompanhe a classificação dos top 10 da IAAF nos 100 metros rasos:
1) Usain Bolt – Jamaica – 9.76
2) Richard Thompson – Trinidad Tobago – 9.93
3) Travis Padgett – EUA – 9.96
4) Churandy Matina – 10.00
5) Jaysuma Saidy Ndure – Noroega – 10.01
6) Darrel Brown – Trinidad Tobago – 10.02
7) Asafa Powel – Jamaica – 10.04
8) Preston Perry – EUA – 10.04
9) Tyson Gay – EUA – 10.05
10) Trindon Holliday – EUA – 10.05

Arnaldo de Sousa, jornalista e corredor

David Cheruiyot vence a maratona de Ottawa pela terceira vez


Texto e foto são da IAAF

Ottawa, Canadá – David Cheruiyot defendeu com sucesso seu título da Maratona de Ottawa no Canadá com o tempo de 2h10min59seg e recebeu o prêmio de US$ 15 mil pela vitória, de acordo com informações da International Association of Athletics Federations (IAAF).

Eram 7 horas da manhã e a temperatura beirando os 8 graus Celsius e sem nenhuma nuvem no céu, o que ajudou ao longo da competição, elevar a temperatura para 17 graus, empregando esforço maior aos competidores.

Após o coelho (pacemaker) se retirar da prova, na altura do 24 km, Cheruyot estava seguindo o compatriota queniano Vincent Kiplagat e Salomão Molla da Etiópia de apenas 21 anos. Para a partir daí enjetar mais vida em sua corrida e ir para frente. Lá pelo 36 km Kiplagat tinha caído o rendimento e a partir daí eram dois homens e uma corrida.

O par (Cheruiyot e Molla) permaneceu numa batalha da corrida até o final, quando a 150 metros da chegada, Cheruiyot num sprint final conseguiu chegar à frente do etíope. Foi a terceira vitória do queniano em quatro anos (2005, 2007 e 2008).

“Eu me sinto bem pela vitória, mas perdemos o registro do recorde da prova”, disse o corredor queniano de 38 anos. “Para obter o recorde, precisaríamos estar a 1h31 aos 30 km, mas estávamos a 1h33, eu sabia que não daria”, comentou ao final da corrida.

Feminino com garra
Na estréia em maratonas, a vencedora foi a marroquina Asmae Leghazoui com o tempo de 2h28min43seg e pela conquista ganhou US$ 15 mil.

“No 26 km fiz a minha jogada”, disse Leghazoui. “É a minha primeira maratona. Foi difícil pra mim. Eu corri bem. Eu tentei administrar, pois pensava que a maratona era muito mais rápida, mas eu estou muito feliz por ser minha primeira maratona. Eu treino sozinha no Marrocos. Não tenho treinador”, enfatizou a marroquina.

Tradução e adaptação de Arnaldo de Sousa, jornalista e corredor

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Treinos intervalados



A corrida é uma seqüência da caminhada, e para que ela possa ser executada de uma forma confortável, econômica e ao mesmo tempo eficiente, que faça com que você percorra determinada distância em um menor tempo possível, essa locomoção é devido à ação sincronizada (automatizada) dos gestos de seu corpo.

Com o avanço da medicina esportiva e tecnologia, ao longo dos anos foram desenvolvidos vários métodos de treinamento, aos quais definimos como exercícios de qualidade, e sua função é a de proporcionar ao praticante qualidades físicas essenciais: resistência, força, velocidade, flexibilidade e agilidade.

Após a fase de preparação básica em que foram enfatizadas todas essas qualidades em que o principal objetivo é preparar o organismo para suportar os treinos mais duros. Iniciamos hoje o “interval-training”, que é um método de treinamento idealizado pelo técnico alemão Woldemar Gerschller em 1939.

No ano de 1952 Gerschller uni-se ao fisiologista também alemão Herbert Reindell para formularem a concepção científica de treinamento intervalado.

As distâncias escolhidas eram de 100, 200 e 400 metros com tempos preestabelecidos, que eram realizadas em pista de atletismo, o intervalo entre as repetições não ultrapassavam aos 90 segundos de pausa ativa (caminhada ou corrida lenta).

Este método é utilizado para desenvolver a resistência anaeróbia, resistência aeróbia, resistência muscular localizada, velocidade de deslocamento e força explosiva.
É um treino que exige o máximo do praticante. Por isso, não é recomendado fazer esse trabalho sem uma “base” mínima adequada. Os riscos de contusão são muitos.

Wanderlei de Oliveira

Federação Paulista de Atletismo
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Maurren Maggi vence e foi destaque em Belém

Foto e texto: CBAT

Belém - "Estou na melhor fase de minha vida, não apenas da minha carreira", disse Maurren Maggi, após vencer o salto em distância pela terceira vez no Grande Prêmio Brasil Caixa no Estádio Olímpico do Pará, em Belém, na manhã deste domingo (25), de acordo com informações da Confederação Brasileira de Atletismo.

Maurren já vencera a competição em 2002 e 2003, depois nunca mais competira na capital paraense. Uma faixa a saudava: "Maurren, estávamos com saudade." A campeã pan-americana retribuiu: "Belém é um lugar especial", afirmou. A atleta que tinha feito 6,87 metros em São Paulo, em Bélém cravou 6,83 metros, vencendo a competição.

Duas jamaicanas completaram a prova: em 2º lugar, Jovanee Jarrett, com 6,54 m, e em 3º, Nolle Graham, com 6,37 m. Keila Costa não competiu em Belém.

Salto com vara
No salto com vara feminino, a norte-americana April Steiner conseguiu finalmente uma vitória no Brasil, ao marcar 4,45 m. "A Fabiana me deixou ganhar", brincou a atleta, que ficara em 2º lugar no PAN e no GP de São Paulo, na quinta-feira (22).

April se referia à campeã pan-americana Fabiana Murer (Brasil), que reclamou de uma indisposição estomacal e não conseguiu passar a marca de 4,35 m e não marcou.

Outra brasileira, Joana Ribeiro Costa, com 4,35 m, foi a vice-campeã, e a sueca Mia Person a 3ª, com 4,15 m.

3 mil metros
Masculino - Nos 3.000 m com obstáculos masculino, vitória do queniano Julius Nyamu, com 8:27.06. Celso Ficagna (Brasil), com 8:51.92, ganhou prata e Mario Bazan (Peru), bronze, com 8:32.96.

Feminino - Na mesma distância, no feminino, deu Jamaica, com Korene Hinds, com 9:36.12. Zemzem Ahmed (Etiópia), foi a vice-campeã com 9:38.65, e Delilah DiCrescenzo (Estados Unidos), a terceira, com 9:41.68.

Mais informações no site da Confederação Brasileira de Atletismo:

Cross-send no Guarujá


Guarujá (SP) – Em 1984 a convite do jovem atleta Marcelo Holcberg, fomos para um treino no Guarujá, litoral de São Paulo, a 82 quilômetros da capital.

Nos reuníamos no “centrinho” da praia das Pitangueiras defronte ao prédio onde seus pais, Bernardo e Ivone passavam os finais de semana.

Marcelo Holcberg sempre alegre e festivo, dizia antes do treino: “Guarujá Len, Guarujá Tur”, se referindo a concentração de Judeus na praia das Pitangueiras e de Turcos na praia da Enseada. Essa era uma forma de brincar com as comunidades.

O Guarujá é de todos os povos. Era comum fazermos 18 quilômetros que é a distancia de ponta a ponta, ida e volta. Enseada são seis quilômetros, Pitangueiras dois quilômetros, Astúrias um quilometro.

Para não ficar nenhuma dúvida se as distâncias são corretas entre as praias, fazíamos a subida do “Morro do Maluf”, que separa as praias da Enseada e Pitangueiras, o que da mais 600 metros entre subir e descer. O Marcelo Holcberg hoje vive em Miami nos Estados Unidos, onde é um respeitado técnico de triatlo.

Patinhar à beira-mar
Essa expressão era usada pelo professor Mário Moniz Pereira, técnico do Sporting Club de Lisboa em 1987 quando levava a equipe de atletas para treinar na Praia de Carcavelos próximo a Lisboa, Portugal.

Entre eles estavam o recordista mundial dos 10.000 metros em pista Fernando Mamede (27min13) e os irmãos Castros (Domingos e Dionísio) que começavam a despontar como grandes corredores de longa distância.

A Patrícia Vismara e eu fizemos os mesmo. Corremos na praia, próximo d´água, onde a areia é mais firme, que facilita o deslocamento. O percurso é plano.

Diferente de muitas praias de tombo (inclinadas), o que é ruim para tornozelos, bacia, coluna. Se isso não for possível evitar, o melhor é ir e voltar na mesma praia para compensar o equilíbrio e alinhamento do corpo.

Encontramos vários amigos correndo, o maratonista e designer de jóias João Carlos Ambrosano na praia das Pitangueiras. A jornalista Karine César e o Reinaldo Urias na praia da Enseada.

Depois é claro, temos o direito a um belo banho de mar e sol para recuperar as energias. Praticar o cross-send é uma ótima pedida para melhorar o condicionamento físico e relaxar em contato com a natureza.

Wanderlei de Oliveira

Federação Paulista de Atletismo
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sexta-feira, 23 de maio de 2008

Fabina Murer e Maurren Maggi atingem o objetivo

Duas competidoras em categorias diferentes mas que dividem a atenção do público por três motivos: são campeãs, fortes concorrentes ao ouro olímpico e são musas do atletismo brasileiro. Fabiana de Almeida Murer e Maurren Higa Maggi buscam a superação em cada evento esportivo.

Por volta das 15h30, desta quinta-feira (22) na pista de atletismo do Ginásio do Ibirapuera, foram iniciadas as competições do charmoso salto com vara. Várias saltadoras estavam fazendo seus impulsos a partir de 4 metros, enquanto Murer descansava e se concentrava para seus desafios.

Depois de um longo tempo, Fabiana começou a saltar a partir de 4m30cm de altura. Encaixou o primeiro e depois passou para os 4m40cm que superou na primeira tentativa. Pediu para ajustar os 4m50cm que o superou na segunda tentativa.

A partir daí, a norte-americana April Steiner, começou a ameaçar Murer e atingiu 4m55. Murer passou e mandou ajustar para 4m60cm, que conseguiu encaixar na primeira vez. A americana não conseguiu. Fabiana tentou saltar 4,65metros mas não conseguiu em três tentativas.

“Era o que eu estava esperando (4,60 metros). Sempre é uma prova competitiva. Tenho treinado em dois períodos para buscar os 4,65 e os 4,71 metros. Acho que em Belém dá para melhorar a marca”, informou Murer ao final das competições.

O recorde Sul Americano é de Fabiana Murer com 4m66cm em 2006. O recorde mundial é da russa Yelena Isinbayeba com 5m01cm em 2005.

Salto em distância
“Saltar em 6m87cm é uma média que me deixa muito contente, mas errei bastante hoje (no GP São Paulo). Espero melhorar para as próximas competições”, comentou Maurren Maggi ao final das competições nesta quinta-feira.

As maiores competidoras de Maggi no salto em distância no GP eram a jamaicana Jovanee Jarrett que atingiu 6m61cm e a brasileira Keila da Silva Costa, terceira colocada com 6m57cm.

Maggi atingiu sua marca na quarta tentativa. A jamaicana bateu a segunda melhor marca do dia no quinto salto. Já Keila, acertou seu tempo logo no primeiro salto. Nos seguintes ela não foi feliz, queimando três tentativas.

“Quero buscar os 7 metros até o mês de junho e estar melhor preparada para os jogos olímpicos na China”, finalizou Maggi que trouxe sua filha Sophia de quatro anos para sentir o clima de competições e seguir os passos da mãe-coruja.

O recorde Sul Americano pertence a Maurren Maggi com o salto de 7m26cm em 1999. O mundial é da russa Galina Christyakova com 7m52cm em 1988.

Acompanhe todos os resultados oficiais pelo site da Federação Paulista de Atletismo:http://www.cbat.org.br/competicoes/gp_sao_paulo/resultado.asp

Arnaldo de Sousa, jornalista e corredor

Sandro Viana e Fabiana da Silva foram destaques do GP São Paulo

São Paulo – O velocista Sandro Viana e a meio fundista Fabiana da Silva roubaram a cena nesta quinta-feira (22) na pista de atletismo do Estádio Ícaro de Castro Mello no Conjunto Desportivo Constâncio Vaz Guimarães (Ginásio do Ibirapuera) para as competições do GP São Paulo.

O amazonense de 31 anos Sandro Viana atingiu seu recorde pessoal ao cravar 20seg32milésimos nos 200 metros rasos, bem abaixo do índice para as olimpíadas de Pequim que era de 20”59.

“Eu sabia que a competição ia ser bem difícil. O campeão do Pan (Jogos Panamericanos) entrou forte na reta e eu estava na raia oito, a mais difícil. Tive de me superar nos 50 metros finais”, declarou à imprensa.

De acordo com Viana, o tempo atingido ainda não era o que ele imaginava mas eles acredita que tem detalhes que podem ser melhorados até os Jogos Olímpicos.

“Consegui superar a fadiga dos 100 metros mas ainda preciso melhorar no traçado, na inclinação da curva e colocar mais braço no sprint final para garantir tempo melhor”, informou.

A meta de Viana é ir para Belém, que tem um clima mais ameno que de São Paulo, tentar consolidar sua atuação para sonhar com medalha nas Olimpíadas.

“Até junho devo tentar correr abaixo dos 20seg20milésimos, para entrar entre os cinco melhores do mundo”, comentou.

O recorde Sul Americano dos 200 metros rasos pertence ao brasileiro Claudinei Quirino atingindo a marca de 19s89m no mundial de Munique em 1999. O recorde mundial é de 19s32m do americano Michael Johnson conquistados nos jogos Olímpicos de Atlanta em 1996.

Mulher de fibra
Fabiana Cristine da Silva veio para o GP São Paulo competir e mostrou que estava sobrando em relação às suas competidoras. Depois de vencer a corrida de rua da Tribuna em Santos no domingo (18) com o tempo de 34min10seg nos 10 km, quatro dias depois essa mulher de fibra venceu os 5 mil na pista com o tempo de 16min04seg31milésimos.

Só para o leitor ter uma idéia, ela cruzou a linha de chegada com 26 segundos de vantagem da norte-americana Serena Buria que chegou em 16min30seg.

“Fiquei parada oito meses tratando uma lesão (bursite no tendão) mas estava focada nas duas competições (Santos e GP São Paulo). Agora pretendo trabalhar para atingir o índice olímpico dos 5 mil (15min24seg, o B e 15min09seg, o índice A)”, declarou nesta quinta-feira feriado de Corpus Christi.

Fabiana deve ir para Belém na tentativa de superar o índice olímpico (faltam ainda 37 segundos para atingir a marca B e seu recorde pessoal é 16min01seg). Como ela não tinha competidoras à altura, não possuía estímulos para superar ainda mais seus tempos.

O recorde Sul Americano é da brasileira Carmem Furtado com 15min22seg em 1993. E o recorde mundial pertence da etíope Meseret Defar com o tempo de 14min16seg de 2007.

Acompanhe todos os resultados oficiais pelo site da Federação Paulista de Atletismo:
http://www.cbat.org.br/competicoes/gp_sao_paulo/resultado.asp

Arnaldo de Sousa, jornalista e corredor

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Run For Life faz pódios na Tribuna em Santos - Uma prova família



No último domingo (18), aconteceu a festiva 23ª etapa dos 10 km da Tribuna FM de Santos. Uma das provas mais concorridas do circuito brasileiro de competições esportivas. Na edição 2008, houve a participação de 14 mil inscritos.

O que mais impressiona na Tribuna é a organização. Antes da largada estava tudo bem-sinalizado com indicações de entrada da elite A e B e do grande público, que fazia a maior festa nas ruas estreitas da quatrocentona Santos.

Após a largada podíamos observar marcação em todos os quilômetros, tanto no chão em amarelo como na cronometragem acima das placas publicitárias. E o que mais emociona em Santos (essa é uma opinião unânime dos corredores) é o calor humano das pessoas que comparecem ao longo do percurso para apoiar a massa de gente que elas nem conhecem. Isso já vale a participação.

Eu percebi senhoras e senhores com suas cadeiras de praia dando apoio aos “mortos” corredores com aquele sol de rachar. Tivemos água gelada em vários pontos do percurso, o que amenizou a corrida pelas ruas de Santos com o tempo quente.

Correr é uma devoção e os monges e monjas do atletismo compareceram em massa para prestar sua homenagem aos deuses do Olimpo esportivo. Devoção por buscar um lugar ao pódio, devoção por superar suas marcas pessoais, devoção pela felicidade por estarmos inteiros (ou quase) em mais uma corrida festiva.

Pódios da Run For Life
Correção da organização: Patrícia Vismara completou a prova com 44min09seg e com esse resultado ficou em 5º lugar na categoria, pegando o sexto pódio para a RFL.

E os devotos da santa corrida (que nos dá forças e sustentação todos os dias) da Run For Life estavam presentes em mais uma peregrinação. O campeão do dia mais parece um padre do que um corredor com aquele cabelo branco e uma gentileza em pessoa, falo de Oswaldo Silveira que com 51min28seg ganhou pela quinta vez em Santos e foi seu oitavo pódio na competição em sua categoria de 75 a 79 anos.

Outro devoto da corrida de carteirinha e colecionador de troféus, Jacob Nahmias cravou 58min26seg e também freqüentou o pódio com um terceiro lugar na categoria de 75 a 79 anos.

Já o beato (esse quase foi padre de verdade) pelas corridas, Luiz Gonzaga de Carvalho, popular Pato ou Patinho, correu na categoria 65 a 69 anos e chegou em segundo lugar com o impressionante tempo de 43min50seg, carregado pelos anjos e Santos. Dando couro em muitos marmanjos de 20, 30, 40 ou 50 anos.

Entre as mulheres, a anja corredora foi Vera Alice Silva que cravou seus 52min30seg e chegou em segundo lugar. Mostrando que a RFL também coloca mulheres entre as melhores. E para completar, entre as mulheres devotas da santa corrida, Selma Nakakubo galgou o quinto lugar em sua categoria (é deselegante falar a idade das mulheres, não é mesmo?).

Momento família
Para não fugir à tradição, o técnico Wanderlei de Oliveira organiza uma confraternização ao final da prova santista, em que ele faz questão de frisar: “Participo desta competição desde a primeira ininterruptamente (há 23 anos)”.

Neste ano o ambiente estava agradável e bem familiar. Além dos atletas, estavam presentes a Dona Tereza de Oliveira (progenitora de Wanderlei); os pais do Nilton Maia (Luiz e Oswaldo Maia) que estiveram na chegada, a família Nakakubo, Sr. Seiji e D. Alzira, pais de Selma; a família Cezar, Sr. Vanderci e D. Maria Luiza, pais de Karine e os Tanaka, representado pelo Sr. Ricardo que acompanhava D. Anita.

Parabéns a todos pela excelente prova e esperamos vê-los nas próximas competições.

Resultado da Tribuna por ordem de chegada:
Nilton Maia, 40min20seg (atualizado)
Arnaldo de Sousa, 41min54seg
Wanderlei de Oliveira, 43min21seg
Luiz Gonzaga de Carvalho, 43min50seg
Paulo Morais, 44min01seg
Patricia Vismara, 44min09seg (atualizado)
José Alves Malheiros, 45min56seg
Selma Nakakubo: 46min36seg
Pedro Bocaggini, 48min31seg
Reinaldo Urias Jr. 49min12seg
Karine César. 49min26 seg
Oswaldo Silveira, 51min28seg
Vera Alice Silva, 52min30seg
Jacob Nahmias, 58min26seg
Antonio Carvalho, 59min30seg
Edimilson Machado, 56min55seg
Anita Satie Tanaka, 01h04min19seg
Hideo Koga, 01h06min12seg
Darci Aparecida dos Santos, 1h15min47seg

Arnaldo de Sousa, jornalista e corredor

Equipe de ouro


A dupla Mitico Nakatani e Valdomiro Paulo Cocato valeu ouro no XII Jori (Jogos Regionais do Idoso), evento esportivo realizado em São Paulo e no interior do estado. Os jogos, promovidos pelo Fundo de Solidariedade e Desenvolvimento Social e Cultural do Estado de São Paulo, em parceria com a Secretaria Estadual de Esporte, Lazer e Turismo e municípios sede dos Jogos, aconteceram no último domingo dia 18 de maio na pista Pista de Atletismo do Estádio Ícaro de Castro Mello no Conjunto Desportivo Constâncio Vaz Guimarães.

O Jori tem como finalidade estimular a população da terceira idade à prática de atividades esportivas. Para participar em uma das 11 modalidades (Corrida, bocha, buraco, dança, dama, dança de salão, dominó, malha, natação, truco e vôlei adaptado, a pessoa deverá ter no mínimo 60 completos no ano dos jogos.

Mitico cumpriu 1.000 metros em 5 minutos e levou a medalha de ouro na categoria 75-80 anos e Dodô fez 2.000 metros em 8min e 07seg, vencendo na categoria 65-70 anos. Os dois representaram o Grupo Estrela D´Alva, coordenado pela minha mãe, Iracema da Silva.
Com estes resultados, eles se classificaram para disputar a etapa estadual dos jogos que acontece no próximo mês em São José dos Campos. Serão mais de 2 mil atletas representando diversas cidades do interior para tentar levar o ouro mais uma vez, já que somente o primeiro colocado de cada categoria pode disputar a etapa final.
Para quem corre e não chegou na terceira idade ainda, pode se preparar desde já para fazer bonito no futuro, a exemplo do Dodô e da dona Mitico. Vamos torcer por eles novamente!


Estela da Silva, jornalista e corredora

segunda-feira, 19 de maio de 2008

10 K da Tribuna FM 2008


14 mil pessoas largam pontualmente

Santos – A 23a. edição dos 10 K da Tribuna FM realizada no domingo dia 18 de maio é considerada a prova mais rápida do Brasil. 14 mil atletas largaram pontualmente às 9 horas da manha. Calor de 26 graus. Prova plana. Ideal para quebra de recordes, pessoais ou mesmo do circuito. Mas não foi o que aconteceu.

O recorde pertence ao maratonista Vanderlei Cordeiro de Lima, vencedor em 1997 com o tempo de 28min01seg.

Com 28min47seg, media de 2min52seg por quilometro, o queniano Joseph Kibwott Negtich foi o vencedor seguido de seu compatriota Joshua Kiprugut Kemei com 28min50seg.

O melhor brasileiro foi Ubiratan José dos Santos com 29 minutos, pelo segundo ano consecutivo.
Entre as mulheres Fabiana Cristine com o tempo de 34min10seg, media de 3min25seg, conquistou o bi-campeonato.
A primeira vitória foi em 2000. A queniana Anne Cheptanui Bererwe com 34min20seg, foi a segunda colocada. Na terceira posição a maratonista Márcia Narloch com 34min46seg.

Curiosidades de prova
A organização resolveu prestigiar grandes atletas pelas suas conquistas em provas nacionais e internacionais, convidando-os para serem marcadores de ritmo.

Na faixa dos 40 minutos o responsável em ditar o ritmo foi Luiz Antonio dos Santos, vencedor dos 10 K da Tribuna FM em 1994 e campeão da Maratona de Chicago.

José Luiz Barbosa, o “Zequinha” atleta olímpico dos 800 metros, ditou o ritmo para 45 minutos. Para os 50 minutos o ultra maratonista Valmir Nunes, santista, bicampeão mundial dos 100 K.

O vencedor da São Silvestre de 1997, Emerson Iser Bem comandou a turma dos 55 minutos e para fechar esse grupo dos famosos, ninguém melhor do que a brasiliense Carmen de Oliveira, campeã da São Silvestre de 1995, após quebrar um jejum de 20 anos de vitórias de atletas do estrangeiro. Carmen ainda detém o recorde brasileiro da maratona (42.195 metros) com 2h27min.

Terceira idade em alto estilo
Um exemplo de vitalidade e regularidade é do maître Oswaldo Silveira de 78 anos que em sua oitava participação na prova, venceu cinco vezes e três vezes foi o segundo colocado.
O mesmo fato ocorreu com o músico Luiz Gonzaga Carvalho, 65 anos, quatro vitórias e quatro segundos lugares.

Marilson Gomes dos Santos é segundo em Nova York
Muitos estranharam a ausência do tricampeão da prova (2003, 2005, 2006) e bicampeão da São Silvestre (2003,2005), porém no sábado dia 17 no Central Park nos 10 K Healthy Kidney chegava em segundo lugar com o tempo de 28min30seg atrás do queniano Patrick Makau (28min19seg).

Marilson Gomes campeão da famosa Maratona de Nova York em 2006 viajou a convite da organização e usou a prova como parte de sua preparação para a Maratona dos Jogos Olímpicos de Pequim.

Wanderlei de Oliveira
* essa foi minha 23ª participação consecutiva na prova

Federação Paulista de Atletismo
Site oficial: http://www.corridaderuafpa.com.br/
Blog: http://www.corridaderuafpa.blogspot.com/

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Você nunca está sozinho


Pra mim, a corrida dos 10km do GRAAC seria um treino de ritmo já que tenho os 10 Km da Tribuna no próximo domingo dia 18/Maio.
Foi difícil levantar, ainda mais com um friozinho desses. Dá vontade mesmo de ficar na cama. Pensei comigo, vamos lá e a gente vê o que faz. Comentei com o mestre Wanderlei de Oliveira: “hoje não to muito a fim”. Como ele iria acompanhar a prova, tentaria um jeitinho de estar com ele.

Encontramos-nos com o grupo no horário marcado. Fizemos os alongamentos.
Hora de aquecer. Retinhas com os meninos e lá se foi o mestre para acompanhar a prova. A professora Monica Peralta ainda perguntou minutos antes se eu iria forte. Eu disse que não, que iria tranqüila.

Para nós atletas competitivos, quando colocamos um número no peito fica difícil dizer que vamos encarar uma prova como se fosse um treino leve. Continuamos fazendo as retas e de lá para a largada. Estava muito descontraída.

Eu, o Vinicius e o Marcos Sá combinamos que faríamos a primeira parte da prova tranqüilos e que só na segunda parte o Sá aumentaria o ritmo.

Nos posicionamos. Pudemos ver de longe o mestre e o Nilton Maia subindo no carro madrinha. O Edson Stefano, conhecido como “Edson Maluco” estava ali com a gente e ficava fazendo piadas. Dizia que deveríamos passar o carro madrinha, chegar à frente deles...

Foi dada a largada. Ficamos juntos. Eu, o Sá e o Vinicius. Vimos a Selma Nakakubo e o Sá a convidou para ir conosco. O Vinicius ameaçava correr mais rápido e o Sá pedia calma. Quando viramos perto da IV Centenário, voltando vimos o Pedro Boccagini que tentou se esconder atrás de uma árvore e rindo nos viu passar. Na verdade era pra ele estar nesse grupo. Ehhh Pedro...

Primeiro posto de água. O Sá deu um sprint e disse que pegaria água para nós três. De repente gritou para o Vinicius pegar mais um copo. Ele me deu um copo e continuamos correndo lado a lado.

O Vinicius ficou mais atrás. De repente ouvimos uma voz feminina “nossa que maravilha...esse ritmo está perfeito...posso ir com vocês?”

O Sá concordou e continuamos ali juntos. A partir do 4º km em diante, o Sá começou abrir, eu já não ouvia o Vinicius e estava eu e a Elóia (corredora com número 29). Ela correndo um pouco mais à minha frente.

Ela ia e ficava olhando para trás como se estivesse me esperando. Passamos o 5º km para 21min52seg e foi aí que a Elóia quis chorar, disse estar muito emocionada, que ela nunca tinha feito esse tempo. Eu sabia que se continuássemos nesse ritmo daria para baixo de 45min. Ela dizia que queria chegar de mãos dadas comigo, que era velocista, que treinava no Clube Espéria.

No 7º km como ela estava melhor que eu, falei: “você esta ótima, vai que hoje é o seu dia. Se quer mesmo me esperar, vai e me espere na chegada...”
E ela se foi...

Valente, guerreira, determinada.
Terminei a prova em 44min05 líquido e lá estava a Elóia com o Marcos Sá. Ela nos agradeceu tanto. Estava feliz da vida. Disse que esse resultado foi o melhor presente nesse dia das mães.

Tempo da planilha – média km 4:26 / tempo da prova – média km 4:25

Parabéns Elóia pelo seu resultado! Uma mulher simples, humilde, mais com uma determinação e tanto.

Obrigada meninos! Obrigada Equipe Run For Life e em especial ao Mestre Wanderlei de Oliveira.

No final da prova o Vinicius reclamou para o Wanderlei que o Sá, como irmão não deveria ter feito ele voltar para pegar água no 3º km...isso não se faz...(risos)

Elóia Rosa de Matos (F4044), corre pelo Clube Espéria, mãe de 2 filhos, um de 22 e outro de 17 anos. Tempo líquido 43min34seg.

Patrícia Vismara – publicitária e corredora

terça-feira, 13 de maio de 2008

Respeito ao corredor

Foto: Alexandre Koda/ http://www.webrun.com.br/

São Paulo (SP) - Momentos antes da largada da oitava edição da corrida e caminhada do GRAACC defronte a Assembléia Legislativa, o diretor técnico da CORPORE – Corredores Paulistas Reunidos Mário Rollo que estava no carro da imprensa que acompanha os líderes, comentou com emoção o “respeito e cultura esportiva” demonstrada pelos atletas de elite, onde não havia cordão de isolamento na largada e também a famosa barreira humana para impedir os mais apressados escaparem antes do sinal.

- Isso é um grande avanço, afirmou Rollo.

Pelo segundo ano consecutivo a CORPORE é a responsável pela organização da corrida e caminhada do GRAACC – Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer criado em 1991 pelo médico Sérgio Petrilli, onde toda verba arrecadada é destinada para o Hospital que fica ao lado da Universidade Federal de São Paulo, antiga Escola Paulista de Medicina na Vila Mariana.

A prova
Pontualmente às 8 horas é dada a largada. Sete mil pessoas enfrentam os 14 graus da fria manhã de outono no dia 11 de maio, dia das mães. Logo no primeiro quilômetro, Naval Freitas, Benedito Donizetti Gomes e Adriano Bastos ditam o ritmo da prova que passaram para 2min56seg.

Assim foi até quilômetro quatro quando Adriano Bastos assume a ponta, o que durou pouco tempo até Donizetti passar o quilômetro cinco em 15min30seg, aparentemente tranqüilo. Em várias ocasiões Donizetti olhava para trás onde parecia que esperava seu companheiro de treino o Naval Freitas. Assim foi até cruzarem alinha de chegada de mãos dadas em 30min52seg.

Os cinco primeiros quilômetros foram na Avenida República do Líbano próximo ao Parque do Ibirapuera, retornando pela Assembléia Legislativa passando pelo Obelisco em direção ao aeroporto de Congonhas, trecho mais difícil do percurso pela longa subida até o viaduto da Avenida Indianópolis que completaram em 3min20seg.

Parciais e acumulado:
O1 Km = 2min56seg / 2min56seg
O2 Km = 3min04seg / 6min01seg
O3 Km = 3min02seg / 9min04seg
O4 Km = 3min20seg / 12min24seg
O5 Km = 3min05seg / 15min30seg
O6 Km = 2min59seg / 18min29seg
O7 Km = 3min22seg / 21min51seg
O8 Km = 3min05seg / 24min54seg
O9 Km = 3min01seg / 27min59seg
10 Km = 3min02seg / 30min52seg

Média de 3 minutos e 03 segundos por quilômetro
Segunda parcial de 5 Km em 15min22seg (split negativo no jargão do corredor)
30min52 – Benedito Donizetti Gomes – M Calçados/Caixa/UNIP
- Naval Freitas – M Calçados/Caixa/UNIP
30min58 – Adriano Bastos - Pão de Açúcar/BM&F/New Balance

Prova feminina
Disputadíssima do início ao fim. A jovem atleta Flaviana Chung comandou a prova até o último quilometro, quando foi ultrapassada pela corredora Walquiria Martins.

Ao cruzar a linha de chegada em primeiro lugar, Walquiria parecia não acreditar na vitória, devido a sua superação ao longo do trajeto. Essa emoção foi transferida ao abraçar um companheiro de treino na chegada onde caiu em prantos pela conquista mais importante de sua carreira esportiva.

36min42 – Walquiria Milaine Martins – Play Team
36min45 – Flaviana Ferreira Chung – Adauto Domingues Performance
37min09 – Sandra Maria Furtado de Castro – Fundação CESP

Curiosidades do evento
O atleta Benedito Donizetti Gomes é um dos atletas “mais idosos” a vencer uma prova. Aos 47 anos, Donizetti ao cruzar a linha de chegada, ofereceu o resultado a sua esposa e mãe de seu filho e feliz por estar em alto nível nessa idade.

Já o diretor técnico Mário Rollo aos 61 anos esbanja saúde; corredor desde 1976. Na CORPORE iniciou em 1994 levando sua experiência, dedicação e constante aprimoramento no campo da organização técnica. Quando não esta nos eventos, exerce a profissão de dentista, um dos melhores segundo um amigo que é seu paciente.

GRAACC – Combatendo e Vencendo o Câncer Infantil

http://www.graacc.org.br/

Wanderlei de Oliveira

Federação Paulista de Atletismo
http://www.atletismofpa.org.br/
Corrida de Rua
http://www.corridaderuafpa.org.br/

segunda-feira, 12 de maio de 2008

GRAACC – Vista por outro ângulo


Descobri na corrida uma fonte inesgotável de aprendizado.

Neste último domingo, 11/05/08, Dia das Mães (Parabéns a todas as Mães), fui convidado pelo mestre Wanderlei de Oliveira a ver a prova do GRAACC, por outro ângulo.

Como resolvi não correr, transferi a minha inscrição para o amigo Arnaldo de Sousa, que correu de coelho (marcador de ritmo), incentivando um grupo de corredores da equipe, que por sinal foi muito bem, mas esse fato de não correr, não me impediu de dar apoio aos corredores da Run For Life.

Depois do alongamento ministrado pela Professora Mônica Peralta, que convidou todas as mães da equipe a se posicionarem, em homenagem ao dia delas, acompanhei o Mestre Wanderlei até a largada, onde fui apresentado ao Presidente da Corpore, o Dr. David Cytrynowicz, ao Vice Dr. Octavio Aronis e ao Diretor Técnico Dr. Mario Rolo.

Como todo bom jornalista, o Mestre Oliveira, com seu bloco de anotações e caneta, perguntou ao presidente se havia lugar no carro-madrinha e a resposta foi sim. E, para minha felicidade, fui de carona, prestando atenção como funciona a organização de uma prova que reuniu cerca de 7.000 atletas. A emoção da largada, vista do carro-madrinha é única, muito diferente quando se está na largada (junto com os outro corredores). A disputa pelo lugar mais alto do pódio, foi do início ao fim.

Um fato interessante e que poucos sabem, é que em todas as provas o Presidente, Vice e Diretor Técnico acompanham a prova de perto, em moto e carro de cronometragem, atentos a todos os detalhes.

Observando os tempos das parciais, que o Wanderlei de Oliveira anotava a cada Km, consegui ver as variações entre largada, subidas e descidas, até o último Km. Os atletas têm um planejamento para cada circuito, podendo ser mudado a qualquer momento visando o melhor desempenho, de acordo com o tempo, a umidade e a própria condição na hora da prova.
Outro pondo que achei interessante é o traçado feito pelos corredores da elite, que passaram por trás de um dos postos de água, para não perder a tangência do percurso.

Do carro madrinha tive a oportunidade de ver a emoção que é para muitos corredores participar dessas provas, uns correm pelo bem-estar, outros por problemas de saúde, muitos visam performance, qualidade de vida, enfim, independente da finalidade o objetivo é um só, ultrapassar a linha de chegada.

Esse é um exemplo de cidadania, sem nenhum tipo de discriminação, pelo contrário, sempre que precisar tem alguém para dar apoio, ajudar. Senti em não poder incentivar os amigos (as) que passavam gritando o meu nome e o do Mestre, mesmo aqueles que estavam concentrados na corrida, mas tínhamos que nos manter imparciais, mesmo assim a torcida foi grande a todos os participantes do grupo. Parabéns a todos que concluíram a prova.

Quando pensei que já havia acabado, com a parada do carro-madrinha, tivemos que correr para ver a chegada emocionante de dois atletas (Benedito Donizetti e Naval Freitas) da mesma equipe (M Calçados/ Caixa/ UNIP), chegando juntos na linha de chegada.

Resultado:
1º Benedito Donizetti - M Calçados/ Caixa/ UNIP 00:30:52
2º Naval Freitas M - Calçados/ Caixa/ UNIP 00:30:52

Ainda sou novo em corridas, mas pelo pouco que conheço chequei a seguinte
conclusão:

- Correr é a ponta do Iceberg, pois ele é muito maior que podemos enxergar, só é preciso olhar ao redor, para entender a lição que a corrida é para a vida!

Nilton Eduardo Maia, corredor

domingo, 11 de maio de 2008

Um Pacer com objetivo alcançado


Na última sexta-feira (09/05) o nosso técnico Wanderlei de Oliveira, me pediu para ser o Pacer do grupo que compete nos 10 km ao redor de 50 minutos na Corrida 10km do Graacc realizada neste domingo 11 de maio, Dia das Mães.

E ser Pacer é uma responsabilidade enorme. Se você for lento demais estraga a corrida das pessoas e se for forte demais, quebra o grupo. Observando o resultado líquido dos e das atletas, considero o objetivo alcançado. Feliz, satisfeito e orgulhoso pela equipe ter rendido o proposto.

A equipe em questão foi composta por Célio Brito (corredor experiente que tem capacidade de correr bem abaixo, estando bem-treinado). Nilton Lima e João Ambrosano, considero que se enquadram na mesma categoria, pela experiência anterior, mas estão retornando de lesões importantes. Midori Takagui, bem-treinada, já conseguiu tempos bem melhores. É uma questão de paciência, persistência, determinação e tempo. Os novatos em competições, desse grupo, são Reinaldo Urias, Karine César, Estela da Silva e Enzo Ebina.

Todos foram fantásticos em seu desempenho como corredores de fundo. Largamos juntos e, em função do aglomerado de pessoas, passamos o primeiro km a 5min23seg (no meu relógio); 2 km a 4min45seg; 3 km a 4min45; (recuperação do primeiro km); 4km a 5min12seg; 6km a 5min00seg; 7 km a 5min20 seg (subida); 8 km a 5min00seg; 9 km a 5min10; 10 km a 4min55seg com total de 49min35seg. O tempo líquido da organização pra mim foi de 49min25 segundos.

Já na primeira metade da corrida, percebi que Estela, Célio Reinaldo e Nilton estavam sobrando e formavam o bloco da frente. Percebi que estavam bem mas eu tinha um desafio de que o grupo fizesse 49 minutos, então grudei na Karine do 4km em diante e deu certo. Depois do 8º km fui pra frente para ver se ela vinha pra cima mas não funcionou, voltei e incentivava toda hora. Olhei pra traz e não vi o Enzo nem o João, achei que estivem mais à frente e fiquei sossegado. Mas eles cruzaram logo depois, finalizando com a Midori. Gente, parabéns!

Com resultado, deixo para vocês observarem nos tempos abaixo a performance de cada um do grupo na relação abaixo. E mais abaixo está a relação oficial da equipe Run For Life.

Nome e tempos líquidos da equipe do Pacer:
Celio Brito: 47min20seg
Estela da Silva: 48min46seg
Reinaldo Urias: 48min55seg
Nilton Lima: 48min58seg
Arnaldo de Sousa: 49min25seg
Karine César: 49min42seg
Enzo Ebina: 50min07seg
João Ambrosano: 50min30seg
Midori Takagui: 51min37seg

Resultado geral Masculino Equipe Run For Life
Josinaldo Soares Ferreira: 37min34seg
Edson Stéfano: 38min09seg
Jose Vitiello: 41min15seg
Marcos Corrêa e Sá: 43min10seg
Egidio A. V. Gonçalves: 43min53seg
Vinicius Correa e Sá: 44min20seg
José Alves Malheiros Filho: 46min35seg
Celio Jose de Brito: 47min20seg
Reinaldo U. Santos Jr.: 48min55seg
Nilton Alves de Lima: 48min58seg
Arnaldo Francisco de Sousa: 49min25seg
Enzo Ebina: 50min07seg
João Carlos Ambrosano: 50min30seg
Alan França: 52min12seg
Wagner Gomes Braz: 54min07seg
Alexandre Effori de Mello: 55min27seg
Jacob Nahmias: 58min23seg
Marco Aurelio Lacerda: 59min15seg
José Eduardo Tavares Barella: 01h00min42seg
Andre Takeshi Tamashiro: 01h01min49seg
Hideo Koga: 01h04min19seg

Resultado geral feminino Equipe Run For Life
Patricia Rodrigues Vismara: 44min05seg
Daniela Amaro de Souza Valverde: 44min35seg
Selma Nakakubo: 46min09seg
M. Estela da Silva: 48min46seg
Karine César da Silva Álvares: 49min42seg
Cristiane Midori Takagui: 51min37seg
Carla Anita Tanaka: 53min21seg
Solange Bhering: 53min33seg
Monica Regina dos Santos Peralta: 55min01seg
Soraia Umeda Sasaki: 55min21seg
Adriana Missae Ieiri: 57min00seg
Juliana Jeminez: 01h00min24seg
Fabiana Marques Nogueira: 01h00min41seg
Angelica Balthasar: 01h03min36seg
Mitico Nakatani: 01h03min39seg
Celina Miki Yokoyama: 01h04min12seg
Silvana Franzoi: 01h05min03seg
Anita Satie Tanaka: 01h05min24seg
Ana Cristina Cruz Barella: 01h09min22seg
Darci Aparecida dos Santos: 01h13min27seg

Arnaldo de Sousa, jornalista e corredor

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Depois do pico


Vem o descanso ativo.
Até rimou.
Em novembro do ano passado iniciamos a fase de preparação básica visando o dia 13 de abril deste ano.
O segredo do sucesso esta no planejamento estratégico adotado e na seqüência correta da metodologia do treinamento.
Toda a fase tem a sua importância.
O atletismo é uma ciência exata!
Foram três fases de preparação básica, duas de preparação específica e por fim a fase competitiva. Total de seis meses de treino técnico, estruturado, focado para o dia da prova.
Os resultados de todos comprovam a eficiência do método adotado.
O meu grupo em especial que visa performance, o Arnaldo de Sousa, o Nilton Maia completaram com sucesso os 21 quilômetros da CORPORE – Corredores Paulista Reunidos na casa dos 90 minutos.
Porém, apesar de sabermos das dificuldades do percurso com muitas subidas, várias curvas fechadas, piso irregular e o calor intenso, não foram motivos para interferir nos excelentes resultados.
Mas, as conseqüências do esforço extremo que estão sujeitos todos os atletas que objetivam resultados vem depois.
Daí a necessidade do “descanso ativo”.
Merecido, pois conquistar o proposto não é para qualquer um.
Como diz o nosso amigo maratonista José Carlos Romanholi “duros e determinados” se referindo a sétima edição do Circuito Montanholi que será no dia 21 de junho.
E, como parte da preparação e para os críticos de carteirinha que só pelo fato de estar acompanhando os treinos mais de perto na pista, para ajudar na evolução e melhoria do desempenho técnico, “andam” dizendo que estou machucado.
Se assim estivesse, não estaria presente aos treinos, correndo diariamente, nadando três vezes por semana e “sambando” aos finais de semana como bom “mestre sala” na Escola de Samba Mocidade Alegre.
No último sábado, estivemos no Sítio Santa Clara em Morungaba à convite do José Carlos Romanholi para percorrer os 15 quilômetros da parte mais difícil do percurso.
Desde o dia 5 de maio, após aos treinos, estou na Federação Paulista de Atletismo no Departamento de Corrida de Rua .(http://www.atletismofpa.org.br/), na rua Manoel da Nóbrega, 800.

É para frente que se corre.

Wanderlei de Oliveira

Mulheres Guerreiras


Sexta-feira, 02 de maio, treino na pista:
3 km de Wind Sprint às 6 horas e pouco da manhã.
Uma chuva de afogar peixes mal preparados... E elas lá!

Meus tênis molhados, ou melhor, encharcados... E os delas, também.
Meu short, minhas meias e minha camisa com manga, acredito que nunca mais irão secar depois de tanta água... As delas iguais.

Frase de um rapaz quase afogado na pista: "Hoje quando acordei, pensei em não vir, mas quando me lembrei do senhor (Dodô), minha coragem aflorou e eu vim!"

Olhei ao lado e ao redor e elas juntas... Encharcadas, molhadas.
No "aquecimento", eu, ainda embaixo da marquise... Depois, fui!

E elas... Dentro, na pista. Uma estava com agasalho, outras não. Uma veio até com os filhos!
A água... Parecia ultrapassar os ossos, depois de varar a roupa fina.

Elas... Juntas, como se nada estivesse ocorrendo.
As duas crianças do lado de fora gritavam com força. Vai mãe! Vai mãe! E ela ia. Molhada, encharcada, transbordando água, mas ia.

Elas... Todas juntas, iam.

Elas são incríveis.
Inacreditável o que fazem, o que se propõem a fazer. O que suportam fazer, não é possível aceitar que essas meninas e senhoras com tamanhas atividades durante o dia, se confrontem com a pista de atletismo da forma que fazem.

Mulheres...atletas...molhadas...encharcadas...diferentes...invejadas...diferenciadas...

Mulheres Guerreiras... Parabéns pelo Dia das Mães!!!

Nossas meninas da Run For Life.

Por Valdomiro Cocato (Dodô), corredor há 20 anos da Run For Life.

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Companheirismo dentro e fora da pista


por Estela Silva

Tive uma grata surpresa quando o Marcos Sá e o Nilton Maia se ofereceram para fazer o último tiro de 400 metros comigo durante o interval -tempo- training de segunda-feira. Eu tinha feito os outros nove para 1 minuto e 43 segundos. Com os dois coelhos, fiz para 1 minuto e 36 segundos.

Quarta-feira, nos tiros de 1.000, foi a mesma coisa com o Nilton Lima, só que ele fez todos do meu lado. Começamos com 4h45 e terminamos com 4h34, melhorando a cada tiro só com as dicas dele, sobre os braços, respiração, postura.

No treino de 15 Km em Morungaba, o José Carlos Romanholi não deixava ninguém sozinho. Quando ele se adiantava um pouco, voltava (naquelas subidinhas leves...) e ia buscar quem estava atrás. E corria na subida de novo.

Outro dia, na USP, o Edson Stéfano fez os 20 quilômetros comigo, para me acompanhar, abrindo mão da sua performance. O José Vicente de Andrade Sobrinho, que já acordou cedo várias vezes só para me puxar no teste dos 3.000 metros e me ajudar a fazer um melhor tempo. E deu certo!

Citei alguns exemplos para dizer as gratas surpresas que eu tenho freqüentemente com o grupo, que conhece o espírito de equipe no sentido amplo da palavra. Os mais velozes sempre ajudam os demais, o que é muito bom psicologicamente, dando uma sensação boa de apoio, suporte, fazendo um contraponto com o mundo fora da pista.

E encontrei o apoio do grupo também do lado de fora – saí do emprego na semana passada e senti várias pessoas mobilizadas para me ajudar em uma recolocação: o Wilson Amarante, a Carla Tanaka, a Karine César, o Arnaldo de Sousa.

Eu só tenho a agradecer a todos do grupo por darem o melhor de si em todos os sentidos – dentro e fora da pista.

* Estela é jornalista e corredora

terça-feira, 6 de maio de 2008

Longevidade e competitividade é Mitico Nakatani aos 76 anos


Os países do oriente têm uma cultura da homenagem às pessoas da melhor idade (alguns chamam de terceira idade outros por idosos). No Japão, por exemplo, o culto à longevidade está escrito em seu hino:

Kimi ga yo wa
Chiyoni yachiyo ni
Sazare ishi noIwao to nari te
Kobe no mussu made. (em homenagem aos 100 anos da imigração japonesa no Brasil)

Esse é um poema cultuado em homenagem ao Imperador do Japão de origem do ano 905 de nossa era, mas que foi reformulado em 1.013 até ficar assim até 1.888, portanto, há exatos 120 anos atrás.

Aliás, longevidade é demonstrada na fibra da nossa amiga corredora, Dona Mítico Nakatani, que completa fabulosos 76 anos de idade, nesta terça-feira, 06 de maio.

Humilde mas aventureira, determinada e ousada, Dona Mítico há cerca de três semanas ganhou três medalhas de ouro numa competição em Paranaguá (cidade portuária do Paraná). E ela nem comentou com muita gente.

Para se ter uma idéia da conquista de nossa colega aniversariante, ela participou de nada menos que três competições no mesmo final de semana: 5.000 metros completados em 30min07seg; nos 800 metros foram em 4min08seg e nos 1.500 metros em 7 min30seg.

“Eles (os participantes e organizadores) gostaram do meu movimento de braços. Eu disse, eu tenho técnico. E eles disseram: ‘E pra correr precisa de técnico?’ ”, disse Nakatani, entre entusiasmada e meio tímida.

A história de Dona Mítico, todo mundo já conhece. Há cerca de 20 anos era uma pessoa sedentária, estava intoxicada por remédios, quando uma médica indicou exercícios físicos e alimentação natural para a desintoxicação.

Dona Mítico venceu muitos obstáculos para conquistar a longevidade atual e entrar para a história como a campeã mundial de maratona máster em 2005, na Espanha, título máximo que um corredor/maratonista pode alcançar na categoria amadora.

Nossa colega coleciona mais de 500 medalhas e troféus e diz que não sabe ao certo quantas existem em sua casa. “Ainda não parei para contar”, conta com simplicidade.

“Fiz minha primeira maratona em Nova York em 2000 com o tempo de 4h30min, por insistência do Wanderlei de Oliveira com meu médico. Wanderlei dizia que daria para eu completar já que eu havia corrido algumas meia maratonas”, comentou Nakatani.

Em resumo, Dona Mítico, a nossa Mítico, tem no currículo de corredora 3 Maratonas, 8 Meias Maratonas, 10 São Silvestres, uma infinidade de provas de 10 km e outras tantas (que não sabe a conta) de provas curtas como 400, 800, 1.500, 5000... Essa é a Dona Mitico.

Feliz Aniversário Dona Mítico! E muitos e muitos anos de vida!!!

Ah, a tradução do texto do hino japonês em homenagem ao Imperador é:

Que sejam vosso dez mil anos de reinado felizes
Governai, meu senhor, até que os que agora são seixos
Transformem-se, unidos pelas idades, em rochedos poderosos
Cujos lados veneráveis o musgo cobre.
(de acordo com tradução na internet)

Escrito por Arnaldo de Sousa, jornalista e corredor

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Correr para quê?


por Estela Silva

“Você só pensa em corrida!” – Foi a frase que eu ouvi no meu último dia de trabalho para a empresa a qual eu dedicava de 10 a 12 horas diárias. Será que dá para comparar uma hora e meia de corrida com uma jornada de 12 horas??

Eu percebi que as pessoas que não praticam nenhuma atividade física e que gostariam de praticar, têm uma dificuldade imensa em aceitar as pessoas que conseguem espremer a agenda para dar o equilíbrio entre o corpo e a mente. Interessante, pois no lugar de tentar fazer o mesmo, elas ficam se corroendo e maldizendo quem consegue.

Quem consegue, seguramente leva muitas vantagens. Trabalha melhor, pois a capacidade de concentração de quem pratica atividade física é aumentada. Chega bem-humorado no trabalho, desenvolve melhor suas tarefas e se relaciona melhor com as pessoas. Tudo isso porque os níveis de serotonina no sistema nervoso central aumentam, fornecendo mais prazer vital.

Por isso as empresas deveriam valorizar os colaboradores que buscam qualidade de vida pela atividade física. Essas pessoas formam um círculo virtuoso ao seu redor, pois em geral elas têm bons hábitos, o que traz satisfação e bem-estar para todos.


* Estela Silva, jornalista e corredora