segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Patinhar à beira-mar




Correr é sempre bom. A beira-mar é ainda melhor!

Sol. Primavera. Pessoas alegres. São combinações perfeitas para uma belíssima manhã no Guarujá, litoral de São Paulo.

Ao chegar no pedágio da rodovia dos Imigrantes, uma revista exposta na cabine me chamou a atenção. Na revista Ecovias, cujo título era “corrida para o verão” encontrei uma matéria assinada pela jornalista Cynara Escobar na qual ela consultou vários profissionais alertando para os riscos de problemas de saúde provocados pela malhação sazonal. Assim como os atletas de final de semana, são as pessoas que procuram as academias de ginástica nos meses que antecedem o verão na esperança de entrar em forma. Queimar os quilos extras adquiridos após longo período longe da malhação, com bem retratou Escobar.

Os problemas surgem quando exercícios em excesso e regimes improvisados entram na disputa contra o tempo e a balança, provocando lesões e riscos à saúde. Segundo Paulo Roberto Correia, ex-atleta olímpico dos 100 metros e fisiologista do Esporte da Universidade Federal de São Paulo, “isso ocorre porque, em geral, as pessoas são acomodadas e buscam o exercício mais pela estética do que pela boa saúde. Elas se esquecem de que é preciso passar por uma fase preparatória para que o corpo se adapte às novas atividades”. “Os exercícios sazonais e a alimentação inadequada podem ocasionar contusões, problemas nas articulações e maus súbitos após o treino”, enfatizou Correia.

A expressão “patinhar à beira-mar” era usada pelo professor Mário Moniz Pereira, técnico do Sporting Club de Lisboa em 1987 quando levava a equipe de atletas para treinar na Praia de Carcavelos próximo a Lisboa, Portugal. Entre eles estavam o recordista mundial dos 10.000 metros em pista Fernando Mamede (27min13) e os irmãos Castros (Domingos e Dionísio) que começavam a despontar como grandes corredores de longa distância.

A Patrícia Vismara e eu fizemos os mesmo. Corremos na praia da Enseada, Pitangueira e Astúrias, próximo d´água, onde a areia é mais firme, que facilita o deslocamento. O percurso é plano. Diferente de muitas praias de tombo (inclinadas), o que é ruim para tornozelos, bacia, coluna. Se isso não for possível evitar, o melhor é ir e voltar na mesma praia para compensar o equilíbrio e alinhamento do corpo.

Praticar o cross-send é uma ótima pedida para melhorar o condicionamento físico e relaxar em contato com a natureza.

Wanderlei de Oliveira

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