segunda-feira, 12 de maio de 2008

GRAACC – Vista por outro ângulo


Descobri na corrida uma fonte inesgotável de aprendizado.

Neste último domingo, 11/05/08, Dia das Mães (Parabéns a todas as Mães), fui convidado pelo mestre Wanderlei de Oliveira a ver a prova do GRAACC, por outro ângulo.

Como resolvi não correr, transferi a minha inscrição para o amigo Arnaldo de Sousa, que correu de coelho (marcador de ritmo), incentivando um grupo de corredores da equipe, que por sinal foi muito bem, mas esse fato de não correr, não me impediu de dar apoio aos corredores da Run For Life.

Depois do alongamento ministrado pela Professora Mônica Peralta, que convidou todas as mães da equipe a se posicionarem, em homenagem ao dia delas, acompanhei o Mestre Wanderlei até a largada, onde fui apresentado ao Presidente da Corpore, o Dr. David Cytrynowicz, ao Vice Dr. Octavio Aronis e ao Diretor Técnico Dr. Mario Rolo.

Como todo bom jornalista, o Mestre Oliveira, com seu bloco de anotações e caneta, perguntou ao presidente se havia lugar no carro-madrinha e a resposta foi sim. E, para minha felicidade, fui de carona, prestando atenção como funciona a organização de uma prova que reuniu cerca de 7.000 atletas. A emoção da largada, vista do carro-madrinha é única, muito diferente quando se está na largada (junto com os outro corredores). A disputa pelo lugar mais alto do pódio, foi do início ao fim.

Um fato interessante e que poucos sabem, é que em todas as provas o Presidente, Vice e Diretor Técnico acompanham a prova de perto, em moto e carro de cronometragem, atentos a todos os detalhes.

Observando os tempos das parciais, que o Wanderlei de Oliveira anotava a cada Km, consegui ver as variações entre largada, subidas e descidas, até o último Km. Os atletas têm um planejamento para cada circuito, podendo ser mudado a qualquer momento visando o melhor desempenho, de acordo com o tempo, a umidade e a própria condição na hora da prova.
Outro pondo que achei interessante é o traçado feito pelos corredores da elite, que passaram por trás de um dos postos de água, para não perder a tangência do percurso.

Do carro madrinha tive a oportunidade de ver a emoção que é para muitos corredores participar dessas provas, uns correm pelo bem-estar, outros por problemas de saúde, muitos visam performance, qualidade de vida, enfim, independente da finalidade o objetivo é um só, ultrapassar a linha de chegada.

Esse é um exemplo de cidadania, sem nenhum tipo de discriminação, pelo contrário, sempre que precisar tem alguém para dar apoio, ajudar. Senti em não poder incentivar os amigos (as) que passavam gritando o meu nome e o do Mestre, mesmo aqueles que estavam concentrados na corrida, mas tínhamos que nos manter imparciais, mesmo assim a torcida foi grande a todos os participantes do grupo. Parabéns a todos que concluíram a prova.

Quando pensei que já havia acabado, com a parada do carro-madrinha, tivemos que correr para ver a chegada emocionante de dois atletas (Benedito Donizetti e Naval Freitas) da mesma equipe (M Calçados/ Caixa/ UNIP), chegando juntos na linha de chegada.

Resultado:
1º Benedito Donizetti - M Calçados/ Caixa/ UNIP 00:30:52
2º Naval Freitas M - Calçados/ Caixa/ UNIP 00:30:52

Ainda sou novo em corridas, mas pelo pouco que conheço chequei a seguinte
conclusão:

- Correr é a ponta do Iceberg, pois ele é muito maior que podemos enxergar, só é preciso olhar ao redor, para entender a lição que a corrida é para a vida!

Nilton Eduardo Maia, corredor

Um comentário:

Vicent Sobrinho disse...

Nilton... já tive a oportunidade de acompanhar a prova do carro madrinha. É realmente fantástico! Mas, o seu olhar e a forma que descreveu foi brilhante. Parabéns! Vc é um grande amigo e corredor. Abçs