sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

É para frente que se corre!


Parece uma afirmação óbvia vinda de uma pessoa apaixonada pelo atletismo como eu. Meu pai, Olavo de Oliveira, que além de engenheiro mecânico, sambista, foi um excelente atleta. Atleta na pura concepção da palavra. Disciplinado. Determinado. Entusiasmado. Vencedor. Não que ele fosse melhor do que os outros. Ele apenas fazia o que planejava. Conquistava seus objetivos. Se auto-superava.
Em 1966, motivado por ele, iniciei no atletismo em provas de velocidade na distância de 50 metros. Cresci dentro dessa filosofia.
Tenho dentro de mim – essa busca pela evolução. Sempre!
Acredito que sem sacrifícios pessoais não é possível chegar a lugar algum.
Algumas pessoas têm talento – mas não sabem como aprimorar.
Outros têm vontade – esses se transformam em vencedores.
Já vi pessoas correndo de lado, para trás, em zig-zag. Correndo da raia. Correndo das provas. Correndo de teste. Correndo para o abraço.
Isso também me fez lembrar uma passagem nos Jogos Olímpicos de Atenas em 2004 na Maratona quando o alucinado padre irlandês Cornélius Horan invadiu a pista com os braços abertos e derrubou o maratonista brasileiro Vanderlei Cordeiro de Lima. Cordeiro fez jus ao nome. Não reagiu. Não esboçou nenhum gesto obsceno. Apenas se levantou. Sacudiu a poeira e seguiu em frente.
Seu gesto de humildade, profissionalismo e espírito olímpico lhe rendeu o título conferido a grandes personalidades do esporte mundial – a medalha de honra do Barão Pierre de Coubertin.

6h00 da manhã. Décimo quinto dia de fevereiro de 2008. Centro de Excelência BM&F de Atletismo. A grande novidade desta temporada é o treino técnico de biomecânica na rampa ao lado da pista. Esse tipo de treino melhora a coordenação motora, impulsão, amplitude de passadas. Há um excelente aprimoramento da força explosiva, velocidade, resistência anaeróbia. Completamos 470 quilômetros nos quarenta e seis dias do ano. A média esta em 10,2 quilômetros por dia.Wanderlei de Oliveira

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