quarta-feira, 26 de março de 2008

Correr em grupo fortalece o indivíduo

O ser humano foi criado para conviver em grupo. Nos primórdios, nossos ancestrais se instalaram em comunidades que se uniam para a caça e para proteção dos indivíduos em uma época tão inóspita para a sobrevivência na Terra. E o homem pré-histórico era dotado de uma capacidade enorme de velocidade, justamente para se proteger dos animais selvagens, sempre prontos para atacar.

Voltando ao século XXI, os predadores da vida moderna estão à solta no mundo. Alguns deles são os maus hábitos alimentares, falta de horário na alimentação, o sedentarismo, bebidas alcoólicas, cigarro, entre outras coisas. A corrida beneficia as pessoas para se livrarem desses tipos de predadores.

O grupo fortalece o indivíduo. Correr em grupo faz de nós mais fortes e prontos para exercitar o que há de mais saudável: a solidariedade.

Nesta quarta-feira, 26 de março, era dia de teste de 3.000 metros na pista de atletismo do Ginásio do Ibirapuera. A partir das 6 horas da manhã, chegamos ao ponto de encontro para realizar os alongamentos. O grupo de mais de 40 pessoas estava formado.

O aquecimento na pista em trote leve faz com que essa seja uma oportunidade para que os indivíduos se aproximem no grupo e se conheçam melhor.

Sempre vejo alguém ensinando coisas para o companheiro. Correr em grupo é um eterno aprendizado. Um ensina o outro a correr os 3.000 metros em pista. Ou o outro ensina o um a usar determinado produto para quaisquer coisas.

Na hora do teste, apesar da corrida ser um treino individual, os resultados só são alcançados porque as pessoas traçam metas. E, às vezes, a meta é ultrapassar o companheiro, a companheira, passando da simples corrida contra o relógio para a corrida estimulada pelo outro.

Olha só um exemplo que aconteceu comigo nesta manhã. A Stela Maria Silva (jornalista) me perguntou antes de começar o teste qual seria o meu tempo. Eu disse: “Não sei, o que sei é que vou quebrar meu recorde pessoal”. Largamos e eu, como sempre, saí junto com o pessoal da frente. Estava forte, passei a primeira parcial para 3min30 seg. Mantive a segunda em 3min32 seg, mas caí na última e fechei o treino em 10min54seg. Recorde pessoal.

O que me motivou foi o grupo, pois além de querer baixar meu tempo anterior, eu me fixei nos corredores da frente (Antonio Silva, Edson Stéfano, Joaquim Cassiano). Eles me inspiraram a derrubar minha última barreira na corrida. Desde maio do ano passado eu não abaixava dos 11 minutos e desde 1998 (há dez anos) eu não fazia abaixo dos 10:56”.

Solidariedade
Depois que o primeiro grupo terminou a corrida, veio a parte mais legal do treino. O incentivo para as outras pessoas quebrarem seus recordes pessoais. Eu gosto muito de ser apoiado e retribuo os apoios.

Vários de nossos companheiros foram servir de “coelhos” para os outros corredores que estavam cansados por estarem correndo além de seus limites.

Eu encostei na Karine César (jornalista) e corremos juntos os 400 metros finais. A postura foi de incentivá-la a cada metro para ela dar o máximo de si na corrida. Resultado: Ela concluiu o teste em 13min43seg (Recorde pessoal), pois os anteriores foram todos acima dos 14 minutos.

O Reinaldo Urias também fez seu melhor tempo com a arrancada final concluindo em 13min30seg e conquistou o espaço de sair no grupo de performance. São exemplos de pessoas que praticamente não sabiam o que era corrida de performance e hoje correm para buscar desafios mais altos.

Correr faz muuuiiiitooo bem e ainda mais em grupo.

Escrito pelo jornalista e corredor, Arnaldo de Sousa

3 comentários:

Vicent Sobrinho disse...

É isso ai Arnaldo! A vitória já existe. Ela mora dentro de cada um de nós, e, quando unidos é mais fácil despertá-la!

P A R A B E N S !

Jacke Gense disse...

Parabéns à todos que atingiram seus objetivos... Isso só mostra que a disciplina é a chave do sucesso!

bjs
Jacke

Anônimo disse...

o que eu estava procurando, obrigado