quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

E aí, meu irmão?

A CORPORE (Corredores Paulistas Reunidos), quando foi criada em 1982, usou como referência a CORJA (Corredores de Rua do Rio de Janeiro), que já existia. Dessa experiência, nasceu uma parceria que dura até hoje. Conhecemos o jornalista José Inácio Werneck, na época colunista de esportes no Jornal do Brasil e também editor da revista Viva, sobre corrida, o Fernando Azeredo, empresário, maratonista, e o Rodolfo Eichler, também maratonista. Eichler, que tive a honra de ser seu técnico, chegou a fazer 3h06 na maratona com mais de 50 anos. Rodolfo é membro da IAAF e diretor das principais corridas de rua do Brasil. Honra maior tive em ser escolhido como o primeiro técnico do Rodrigo Eichler, seu filho, que veio se tornar um grande corredor de 1.500 metros rasos. Rodrigo teve a oportunidade de treinar junto com o medalhista olímpico Joaquim Cruz, em San Diego, na Califórnia, nos Estados Unidos, sob a orientação de Luiz Alberto de Oliveira. De volta ao Rio, Rodrigo lançou a primeira revista especializada em triathlon no Brasil, a Tri Sport (www.trisport.org). E, como bom editor, já completou vários Ironman, prova de 3,8 quilômetros de natação em mar aberto, 180 quilômetros de ciclismo, e para completar, os 42.195 metros da maratona. Por oito anos, Rodrigo coordenou o Pão de Açúcar Club do Rio de Janeiro, onde chegou a ter mais de 400 corredores. Um sucesso. Porém, chegou ao fim. Ontem, no final de tarde, ele me liga e pergunta: “E aí, o que você vai fazer amanhã cedo?” “Vou correr 15 km. Vai encarar?”, perguntei. "A que horas?", ele quis saber. "Às 6 horas. Não vai amarelar?", falei. "Tá me estranhando?", ele respondeu. Então vamos lá.

6h15 da manhã. Décimo dia de janeiro de 2008. Nilton Lima, comandante da CCEE, o ex-goleiro Marcelo Silva, também da CCEE, o Nilton Maia, empresário de fitness, o Rodrigo Eichler e eu partimos em direção ao Parque do Ibirapuera. Os primeiros 40 minutos, bem lento, cada um contando a sua história. Aos 45 minutos, chega o jornalista Arnaldo de Sousa, festivo como sempre. Arnaldo não participou do circuit-training no dia anterior e estava com energia sobrando. Ameaçou aumentar o ritmo. Vai devagar, meu irmão. A seguir se junta ao grupo a médica Selma Nakakubo, nova ameaça de aumentar o ritmo. Mas sob controle.
Foram 15 quilômetros pelo gramado. Somados, já são 115 quilômetros nos dez primeiros dias do ano. A média subiu para 11,5 quilômetros por dia.

Wanderlei de Oliveira

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