domingo, 20 de janeiro de 2008

Trote em Bangkok

* por Adriana Marmo

Não importa para onde eu vá, meu par de tênis e meu polar vão juntos. Para a Tailândia, de onde escrevo nesse momento, não foi diferente. Mas ao chegar aqui descobri que correr pelas ruas de Bangkok, a capital do país, é uma loucura. A começar que não existem calçadas. Estou aqui há mais de vinte dias e até agora não me conformo com isso. Os pedestres não têm um lugar para caminhar e onde existe um espaço que lembra uma calçada, o local também é uma ciclovia, por onde passam as motos. Resultado: todas as pessoas estão motorizadas e, por isso, o trânsito é um caos. As regras que usamos no Ocidente simplesmente não existem por aqui. Ou seja, ando como uma barata tonta (aliás, ao caminhar é preciso cuidado para não pisar nelas e nos ratos). Nem fui louca de arriscar um trote. Vi apenas um casal de estrangeiros correndo, mas tenho certeza que aquela foi a primeira e a última vez deles, pois tinham cara de pânico. Para fazer o meu treino, preciso acordar às 5h, pegar um tuk-tuk (essa é a hora mais divertida) e ir até o Lumpini Park, onde chego em 5 minutos. Vou tão cedo por causa do trânsito e do calor insuportável. Vejo poucos tailandeses correndo. Os estrangeiros são maioria. No parque eles estão comendo, sentados nos bancos ou caminhando. Em um desses dias, fui trotar no final da tarde e presenciei uma das cenas mais curiosas de minha vida. De repente uma música começa a tocar e todas as pessoas ficam paradas, como estivessem brincando de estátua. Depois descobri que era a hora do rei. A Tailândia é um reinado e o povo simplesmente venera o seu soberano e o reverencia com esse "minuto de silêncio". Fiz como eles. É isso!

* Adriana Marmo, editora da Revista Manequim, treina há 10 anos na RUN FOR LIFE e passa férias na Tailândia com o Bento seu filho e o Nilson seu marido.

3 comentários:

Anônimo disse...

Olá!

gostaria de saber, se aqui no Rio de Janeiro tem algum treinador pra me orientar nas minhas corridas.
Tenho interesse em começar a treinar longa distância.

Alguma sugestão?

Grata,
Maíra Brito.

Harry disse...

Adriana,
O que se faz quuando se esta correndo e é hora do Rei? Os utistas? e os locais nem correm nesta hora?
Abraço
Harry

Anônimo disse...

Oi Harry, todos simplesmente param, como se estivessem brincando de estátua. Osw ciclistas deixam a bicicleta, os corredores param e os turistas param também, mas ficam olhando sem entender nada. Ideologias e qustionamentos à parte, é bonito de ver essa reverência que o povo faz à pessoa que eles mais respeitam.